rtp.pt - 22 out. 20:30
Seul admite entrega de armas à Ucrânia em resposta ao envolvimento de soldados norte-coreanos
Seul admite entrega de armas à Ucrânia em resposta ao envolvimento de soldados norte-coreanos
A Coreia do Sul ameaçou esta terça-feira mudar o posicionamento adotado e passar a enviar armas para Kiev caso a Rússia e a Coreia do Norte continuem a cooperação militar em curso, nomeadamente com o envio de militares norte-coreanos para a frente de combate na Ucrânia.
O presidente russo, Vladimir Putin, com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em Pyongyang, na Coreia do Norte, em junho de 2024. Sputnik/Vladimir Smirnov/Pool via Reuters
O responsável acrescentou que as acusações de Seul “visam manchar a imagem da Coreia do Norte” e “minar as relações legítimas, amigáveis e de cooperação entre dois Estados soberanos”.
Da sua parte, a Rússia não confirmou em nenhum momento o envio de tropas por Pyongyang, mas defendeu o direito à “cooperação militar” com o país e que esta “não está contra os interesses de segurança da Coreia do Sul”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na segunda-feira que a cooperação entre os dois países “não é dirigida contra países terceiros” e “não deve preocupar ninguém”.
“Não fechem os olhos a isto”
Este novo foco de tensão entre as Coreias surge numa altura em que Kim Jong-un está a ordenar a destruição de ligações ferroviárias entre os dois países, uma “ação legítima contra um Estado hostil” que faz parte da estratégia de Pyongyang para a “separação completa e gradual do território do Norte”.
Em junho último, Moscovo e Pyongyang intensificaram a cooperação com a assinatura de um pacto de segurança por Vladimir Putin e Kim Jong-un. Nesse pacto, os dois países prometem ajudar-se mutuamente caso enfrentem uma “agressão”.
Em Kiev, o presidente ucraniano apelou esta terça-feira para que os aliados e parceiros “não fechem os olhos” perante estes novos desenvolvimentos.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, Volodymyr Zelensky adiantou que a Ucrânia tem informações sobre a preparação em curso por parte de duas brigadas norte-coreanas, cada uma com cerca de seis mil solados.
“É um desafio, mas sabemos como lhe responder. O importante é que os nossos parceiros não fechem os olhos a isto”, vincou.
O líder ucraniano agradece “a todos os países e lideres” que condenaram o envolvimento da Coreia do Norte na guerra encetada pela Rússia.
“É óbvio que, em Pyonyang, tal como em Moscovo, não se valoriza a vida humana. Mas estamos interessados em acabar com esta guerra e não em prolongá-la. É por isso que devemos deter a Rússia e os seus aliados. Se a Coreia do Norte consegue intervir numa guerra na Europa, então é óbvio que não tem havido pressão suficiente sobre este regime”, vincou Zelenlsky.
O presidente ucraniano considerou ainda que “todos os que não estão a ajudar a forçar a Rússia à paz estão, de facto, a ajudar Putin nesta guerra”.
“Os agressores devem ser detidos. Esperamos uma resposta firme e concreta do mundo. Esperamos que não apenas em palavras”, concluiu.
Para o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, o envio de tropas norte-coreanas para lutar ao lado dos russos na Ucrânia “marcaria uma escalada significativa” no conflito, pelo que promete a cooperação da Aliança Atlântica com a Coreia do Sul.
"Conversei com o Presidente sul-coreano [Yoon Suk Yeol] sobre a estreita parceria entre a NATO e Seul, a cooperação da indústria da defesa e a segurança interligada das [regiões] Euro-atlântica e Indo-Pacífico", afirmou Rutte esta segunda-feira na rede social X. 'Rússia','Coreia do Norte','Moscovo','Pyongyang','Ucrânia','Kiev','Guerra','Vladimir Putin','Kim Jong-un','Volodymyr Zelensky','NATO','Mark Rutte' PUB
O responsável acrescentou que as acusações de Seul “visam manchar a imagem da Coreia do Norte” e “minar as relações legítimas, amigáveis e de cooperação entre dois Estados soberanos”.
Da sua parte, a Rússia não confirmou em nenhum momento o envio de tropas por Pyongyang, mas defendeu o direito à “cooperação militar” com o país e que esta “não está contra os interesses de segurança da Coreia do Sul”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse na segunda-feira que a cooperação entre os dois países “não é dirigida contra países terceiros” e “não deve preocupar ninguém”.
“Não fechem os olhos a isto”
Este novo foco de tensão entre as Coreias surge numa altura em que Kim Jong-un está a ordenar a destruição de ligações ferroviárias entre os dois países, uma “ação legítima contra um Estado hostil” que faz parte da estratégia de Pyongyang para a “separação completa e gradual do território do Norte”.
Em junho último, Moscovo e Pyongyang intensificaram a cooperação com a assinatura de um pacto de segurança por Vladimir Putin e Kim Jong-un. Nesse pacto, os dois países prometem ajudar-se mutuamente caso enfrentem uma “agressão”.
Em Kiev, o presidente ucraniano apelou esta terça-feira para que os aliados e parceiros “não fechem os olhos” perante estes novos desenvolvimentos.
Numa mensagem publicada nas redes sociais, Volodymyr Zelensky adiantou que a Ucrânia tem informações sobre a preparação em curso por parte de duas brigadas norte-coreanas, cada uma com cerca de seis mil solados.
“É um desafio, mas sabemos como lhe responder. O importante é que os nossos parceiros não fechem os olhos a isto”, vincou.
O líder ucraniano agradece “a todos os países e lideres” que condenaram o envolvimento da Coreia do Norte na guerra encetada pela Rússia.
“É óbvio que, em Pyonyang, tal como em Moscovo, não se valoriza a vida humana. Mas estamos interessados em acabar com esta guerra e não em prolongá-la. É por isso que devemos deter a Rússia e os seus aliados. Se a Coreia do Norte consegue intervir numa guerra na Europa, então é óbvio que não tem havido pressão suficiente sobre este regime”, vincou Zelenlsky.
O presidente ucraniano considerou ainda que “todos os que não estão a ajudar a forçar a Rússia à paz estão, de facto, a ajudar Putin nesta guerra”.
“Os agressores devem ser detidos. Esperamos uma resposta firme e concreta do mundo. Esperamos que não apenas em palavras”, concluiu.
Para o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, o envio de tropas norte-coreanas para lutar ao lado dos russos na Ucrânia “marcaria uma escalada significativa” no conflito, pelo que promete a cooperação da Aliança Atlântica com a Coreia do Sul.
"Conversei com o Presidente sul-coreano [Yoon Suk Yeol] sobre a estreita parceria entre a NATO e Seul, a cooperação da indústria da defesa e a segurança interligada das [regiões] Euro-atlântica e Indo-Pacífico", afirmou Rutte esta segunda-feira na rede social X. 'Rússia','Coreia do Norte','Moscovo','Pyongyang','Ucrânia','Kiev','Guerra','Vladimir Putin','Kim Jong-un','Volodymyr Zelensky','NATO','Mark Rutte' PUB