observador.ptobservador.pt - 22 out. 15:30

Chega contra constituição como arguido do polícia que baleou homem na Cova da Moura e quer ouvir Ministério da Administração Interna

Chega contra constituição como arguido do polícia que baleou homem na Cova da Moura e quer ouvir Ministério da Administração Interna

André Ventura afirmou que Luís Montenegro devia "agradecer ao agente da PSP" que baleou fatalmente um homem na Cova da Moura. Chega vai propor audição para questionar MAI sobre inquérito anunciado.

O presidente do Chega manifestou-se esta terça-feira contra a constituição como arguido do agente da PSP que baleou um homem na Cova da Moura e anunciou que vai propor uma audição parlamentar da ministra da Administração Interna sobre o caso.

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“Nós não devíamos constituir este homem arguido, devíamos agradecer a este polícia o trabalho que fez de parar um criminoso que estava disponível com armas brancas para atacar polícias, que estava disponível para desobedecer à sua ordem e à sua autoridade, que estava disponível para pôr em causa a ordem pública”, defendeu.

O presidente do Chega falava aos jornalistas na Assembleia da República, momentos antes de entrar para a reunião da comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, que já decorria.

André Ventura afirmou que “o Governo faz uma grande gala e um grande anúncio público de um inquérito e de uma investigação sobre esta morte, quando não o fez sobre milhares de agressões a polícias que ocorrem em Portugal todos os anos, e que já ocorreram este ano”.

O líder do Chega defendeu que “a investigação tem de ser feita”, mas considerou que em Portugal os “polícias são bandidos, os criminosos merecem toda a atenção e merecem todos os louvores“.

Ventura disse que o Chega vai propor uma audição com urgência da ministra da Administração Interna para “dar explicações sobre este caso e sobre a investigação que a Inspeção Geral da Administração Interna está a organizar”. A ministra Margarida Blasco será ouvida esta terça-feira na Assembleia da República, em audição regimental.

O líder do Chega considerou que o Governo e o primeiro-ministro deveriam agradecer ao agente da PSP, e dar “um sinal político” de que está “incondicionalmente ao lado das autoridades, incondicionalmente ao lado da polícia”, e dará às forças de segurança “todos os meios e a autoridade” que precisam, “nomeadamente para que esta noite não se voltem a repetir” os desacatos naquela zona.

Segundo a Polícia de Segurança Pública (PSP), um homem de 43 anos “em fuga” morreu na segunda-feira após ser baleado pela polícia na Cova da Moura, quando tentava resistir à detenção e agredir os agentes com uma arma branca.

O agente que baleou mortalmente o homem foi constituído arguido e a arma de serviço foi-lhe apreendida. Fonte da PSP disse à agência Lusa que se trata de um procedimento normal neste tipo de ocorrências e que o agente se mantém em funções.

A ministra da Administração Interna também determinou à Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito “com caráter de urgente”. O processo que está a decorrer na Polícia Judiciária é criminal, sendo independente do inquérito de natureza disciplinar aberto pela IGAI.

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