expresso.pt - 26 jul. 23:33
Harris recebe apoio do casal Obama, Trump encontra-se com Netanyahu e expressa solidariedade com Israel: o dia de campanha nos EUA
Harris recebe apoio do casal Obama, Trump encontra-se com Netanyahu e expressa solidariedade com Israel: o dia de campanha nos EUA
Vice-presidente obtém apoio de peso: Michelle e Barack Obama prometem “fazer tudo” para ajudar Kamala Harris no caminho para a Casa Branca. Donald Trump garante que quando lá “regressar” vai trabalhar pela paz no Médio Oriente. Também quer voltar a Butler para um comício, depois daquele em que foi alvo de uma tentativa de assassinato. O resumo do que se passou nesta sexta-feira na campanha norte-americana
Barack e Michelle Obama anunciaram nesta sexta-feira o apoio à vice-presidente Kamala Harris para as eleições presidenciais marcadas para 5 de novembro. A provável candidata pelo Partido Democrata classificou-o como “muito importante”. “Telefonámos para dizer que a Michelle e eu não podíamos estar mais orgulhosos de te apoiar e de fazer tudo o que pudermos para que passes esta eleição e chegues à Sala Oval”, disse Obama a Harris num telefonema gravado em vídeo e divulgado pela campanha.
Depois de se ter encontrado em Washington com a vice-presidente e com o Presidente Joe Biden na quinta-feira, Benjamin Netanyahu reuniu-se com Donald Trump em Mar-a-Lago (Florida). O candidato republicano aproveitou para criticar Harris, considerando “desrespeitosos” os comentários que fez sobre o conflito em Gaza.
A campanha de Trump indicou, em comunicado, que o ex-Presidente expressou “solidariedade” com Israel após o ataque de 7 de outubro do Hamas e “prometeu que, quando regressar à Casa Branca, fará todos os esforços para trazer a paz ao Médio Oriente e combater o antissemitismo de se espalhar pelos campus universitários nos Estados Unidos”.
Já o primeiro-ministro israelita agradeceu a Trump “por ter trabalhado para promover a estabilidade na região através, entre muitos feitos históricos, dos Acordos de Abraão, da mudança da Embaixada dos Estados Unidos em Israel para Jerusalém, do reconhecimento da soberania israelita sobre os Montes Golã, da eliminação de Qasem Soleimani, do fim do horrível Acordo Nuclear com o Irão, bem como pelo combate ao antissemitismo na América e no estrangeiro”, refere a nota.
Apoiante de Donald Trump não esquece Israel Marco Bello / Reuters "Diplomacia preventiva": Netanyahu visita o centro do poder dos EUA, sem esquecer Trump Mais notícias do dia:⇒ A campanha de Trump recusa negociações para um debate com Harris até a vice-presidente ser oficialmente nomeada pelo Partido Democrata para concorrer à Casa Branca. “Dado o caos político contínuo em torno do corrupto Biden e do Partido Democrata, os detalhes do debate das eleições gerais não podem ser resolvidos até que os democratas escolham formalmente o seu candidato”, justificou Steven Cheung, porta-voz da campanha, em comunicado.
⇒ Trump prometeu que vai regressar a Butler, onde foi alvo de uma tentativa de assassinato durante um comício, a 13 de julho, em homenagem ao homem que morreu e aos feridos. “Vou regressar a Butler, na Pensilvânia, para um grande e belo comício, em honra da alma do nosso querido herói bombeiro, Corey, e dos corajosos patriotas feridos há duas semanas. Que dia será este – luta, luta, luta! Fiquem atentos aos pormenores”, escreveu na rede social Truth Social.
⇒ O antigo médico da Casa Branca, Ronny Jackson, que tem estado a monitorizar o bem-estar físico de Trump desde o sucedido em Butler, disse em comunicado que o ex-Presidente foi atingido no ouvido por uma bala, depois de o diretor do FBI ter mostrado “algumas dúvidas” sobre se foi atingido por uma bala ou por estilhaços, durante um depoimento perante o comité judicial da Câmara dos Representantes.
⇒ Uma sondagem do “Wall Street Journal” divulgada nesta sexta-feira mostra Trump com uma vantagem de dois pontos percentuais sobre Harris: o republicano surge com 49% e a democrata com 47%. A margem de erro é de 3,1%. O trabalho aponta um apoio acrescido à vice-presidente entre os eleitores negros, latinos e jovens.
Joe Biden e Kamala Harris Win McNamee EUA serão mais progressistas se tiverem uma mulher na Casa Branca? “É difícil definir Kamala Harris ideologicamente”⇒ As atrizes Jennifer Aniston e Whoopi Goldberg e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton juntaram-se às vozes críticas do candidato republicano à vice-presidência, J.D. Vance, que em 2021 disse numa entrevista que o país era governado por “um bando de solteironas sem filhos e amantes de gatos, que têm vidas amargas e tomaram decisões miseráveis, por isso querem que o resto do país também seja miserável”.
⇒ A referida entrevista tornou-se agora viral após o senador de Ohio ter sido escolhido como companheiro de corrida de Trump. Entretanto, J.D. Vance veio dizer que “não se trata de criticar as pessoas que, por várias razões, não tiveram filhos”, mas sim de “criticar o Partido Democrata por se ter tornado contra a família e contra as crianças”.
⇒ A entrada de Harris na corrida presidencial está a mobilizar os democratas e a dar novo fôlego às candidaturas de congressistas e senadores do partido. Um dia depois de ter entrado na disputa, o gabinete de campanha da congressista democrata Dan Kildee, no Michigan, viu 650 pessoas inscreverem-se como voluntárias. Na noite seguinte, no Nevada, o deputado Steven Horsford registou outros 600 voluntários no seu distrito, na zona de Las Vegas. No final da semana, a equipa do congressista Jan Schakowsky, do Illinois, tinha 400 voluntários prontos para fazer campanha pelos democratas nos estados vizinhos de Michigan e Wisconsin.
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