rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 11 jul. 14:25

Nova lei da imigração fecha a porta a novos Di Maria, Falcão, Hulk ou Jardel. Agentes avisam que atletas “vão escolher outros mercados”

Nova lei da imigração fecha a porta a novos Di Maria, Falcão, Hulk ou Jardel. Agentes avisam que atletas “vão escolher outros mercados”

Mudança na lei obriga jogadores a terem um visto de trabalho para serem inscritos, um processo que pode demorar mais do que dois meses. Associação Nacional de Agentes de Futebol classifica a medida como “sem lógica absolutamente nenhuma”.

As estrelas do futuro do futebol podem ver fechar a porta de entrada na Europa através de Portugal. Grandes nomes que passaram no campeonato nacional como Di Maria, Enzo Fernández, Falcão, Hulk ou Jardel não poderiam assinar por clubes portugueses com as novas regras apresentadas em junho pelo Governo para regular a imigração.

Esta é uma situação que está a preocupar a Liga Portugal, os clubes e, também, o agentes dos jogadores, que antecipam prejuízos avultados para todos os intervinientes e um impedimento à chegada de novas estrelas ao campeonato português.

Para o advogado Emanuel Calçada, da Associação Nacional de Agentes de Futebol, o que vai acontecer é que “em termos práticos, em caso de pé de igualdade com outro mercado, qualquer jogador vai escolher outro mercado”.

“Nem o jogador, nem o próprio empresário, vão querer hipotecar a possibilidade de correr mal um caminho em vez de outro. Pôr em causa a carreira de um atleta, pôr em causa a vida do próprio gente e também do clube será sempre um risco. Portanto, em caso de dúvida, parece-nos evidente que o jogador vai escolher outro caminho, que será o caminho mais rápido, na medida em que é uma atividade de carreira curta, com um tempo curto”, diz, em entrevista a Bola Branca.

De acordo com o advogado, quem conhece o mercado sabe que esta lei “não tem lógica absolutamente nenhuma” no contexto do futebol, nem é “exequível”.

“O futebol é o momento, não é compatível com o facto de um trabalhador que não seja oriundo da Europa ter que esperar necessariamente 60 dias, no mínimo, para ver a sua situação de trabalho resolvida para poder jogar. Não é compatível. Trará, no mínimo, um muito transtorno para o futebol”, antecipa.

Para Emanuel Calçada, a solução passará por um regimo de exceção.

“Parece-nos que não seria inconsequente se, no que ao futebol profissional diz respeito, houvesse um caminho diferente para atingir o mesmo objetivo”, conlcui.

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