expresso.ptRicardo Araújo Pereira - 13 jun. 22:57

¡Hasta la menos victoria, siempre!

¡Hasta la menos victoria, siempre!

O conceito de “menos vitória” é um contributo importantíssimo de André Ventura para a vida em geral. Não existem derrotas. Só vitórias e menos vitórias

Depois de ter passado a campanha a dizer que ia ganhar as eleições europeias — ideia que considerava “realista” —, havia alguma expectativa para saber como é que André Ventura iria reagir ao facto de ter obtido apenas 9,8% dos votos. Entre vencer e não conseguir chegar sequer aos 10% ia uma distância significativa, pelo que a curiosidade era mais do que justificada. Ventura entrou na sala onde faria o discurso de reacção aos resultados eleitorais compreensivelmente desiludido, mas ainda assim indicando estar disposto a resistir às adversidades, com aquele seu semblante que parece dizer “Pedras no meu caminho? Guardo-as todas e um dia vou atirá-las a um imigrante.” As suas primeiras palavras foram para os jornalistas e para a Iniciativa Liberal: “Era ver o entusiasmo deles ao início da noite”, com a ideia de que o Chega seria ultrapassado. A plateia riu. Infelizmente, não se sabe de quê. Não há dúvida de que é engraçado assistir ao choque de um fanfarrão com a dura realidade, mas ali estávamos perante um caso claro de “diz o roto ao nu”: quem andou um mês a pensar que ia ganhar aponta o dedo a quem andou uma hora a pensar que ia ficar em terceiro. O mesmo Ventura que estava convencidíssimo de ir ficar em primeiro acabava a gabar-se de não ter ficado em quarto.

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