Daniel Oliveira - 12 jun. 07:42
Se chegar onde quer, Costa vai fazer política ou fazer pela vida?
Se chegar onde quer, Costa vai fazer política ou fazer pela vida?
A candidatura de Costa tem tudo para correr bem. Ganhamos alguma coisa com isto? Talvez sim, por ser um socialista do Sul quando se vai debater o alargamento a leste e a nova organização política da UE, repetindo as cautelas que mostrou perante o voluntarismo de Von der Leyen. Tudo depende se Costa quer fazer política, como Guterres faz, ou fazer pela vida, como Barroso fez
O anúncio do apoio do governo à candidatura de António Costa à presidência de Conselho Europeu teve a falta de gravitas a que a política nacional nos começa a habituar, confundindo-se o plano partidário com o institucional. Como deixou claro que essa decisão estava tomada há muito, não há dúvidas sobre a razão para o fazer num naquela circunstância: Luís Montenegro precisava que o foco das atenções se afastasse da sua derrota eleitoral (por um voto se ganha, por um voto se perde, como ele incessantemente nos tem explicado para tentar governar como se a diferença de 50 mil votos lhe desse uma maioria absoluta) e tirou Costa da cartola. De caminho, afastou Bugalho das televisões, naquela noite, no que foi uma humilhação escusada.
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