sol.sapo.ptGonçalo Morais - 11 jun. 22:12

Se não és a favor da teoria do género és nazi e fascista

Se não és a favor da teoria do género és nazi e fascista

Mas quem ditou que o veto sensato do Presidente é um retrocesso? A notícia surge como se fosse um levantamento mundial de entidades credíveis e independentes.

Ficamos a saber a semana passada que regredimos no plano civilizacional devido ao veto de Marcelo à proposta do ativismo LGBT imposta aos partidos do sistema sobre o que designam de ‘autodeterminação do género’ nas escolas. A notícia nos média é clara: ‘retrocesso nos direitos’.

No regime soviético e nas ditaduras fascistas, quando não se concordava com os dogmas da ideologia do pensamento único, as pessoas eram expostas, perseguidas, havia processos judiciais contaminados, a reputação do opositor era liquidada, as pessoas eram psiquiatrizadas e despedidas do seu trabalho. Com a teoria do género será igual se não fizermos nada, se tivermos medo.

Experimente hoje um professor, um juiz, um político, um médico ou um jornalista dizer e provar que as teorias do género são um conjunto de aldrabices e chantagens. Ora, esta teoria é de facto um novo lisenkoismo imposto na educação, na justiça e na informação.

Este ativismo adquiriu um poder tenebroso, mas é preciso denunciar e expor este absurdo. As teorias do género, invenções da ideologia LGBT e Queer são falsas, hipócritas, destruidoras, vitimistas e assentes em falsos dogmas disfarçados de igualdade e tolerância. O modo como a sociedade aceitou acriticamente estes particularismos delirantes é um mistério.

A designada autodeterminação do género não é sobre a fundamental igualdade de oportunidade entre sexos, ou o óbvio direito de qualquer pessoa, independentemente da sua orientação sexual, a ser tratada de modo igual e respeitoso. Esta autodeterminação é mais uma peça de uma ideologia esquerdista e liberal, que não tem qualquer fundamento factual e científico, e que nos diz que temos que assumir com verdade inquestionável que cada um é o que sente que é, que não há homens nem mulheres, pois são meras construções sociais, e que as crianças podem mudar de sexo consoante o seu desejo e subjetividade, secundarizando o natural processo de crescimento e identificação, a importância dos pais, etc.

A principal armadilha desta teoria é muito simples, quem a interpelar é hediondo e indigno.

Mas quem ditou afinal que o veto sensato do Presidente é um retrocesso? A notícia surge como se fosse um levantamento mundial de entidades credíveis e independentes.

A entidade que proferiu a sentença sem direito a contraditório é designado por A Law for US, organização que pertence à ILGA mundial que agrega globalmente mais de 1.900 organizações activistas de Lésbicas, ‘Gays’, Bissexuais, Trans e Intersexo.

Este ativismo LGBT invadiu o aparelho do Estado e diversas instituições que deviam ser independentes, a sua estratégia é nacional e internacional e multiplica-se por milhares de organismos, comissões e observatórios pseudo-independentes que servem para apresentar estudos sobre eles mesmos justificando as suas próprias exigências. Têm direito a vender o seu negócio e produto, mas não façam publicidade enganosa, como se os dados e evidências que apresentam fossem imparciais, rigorosos e independentes.

Recordemos também o óbvio, não há direitos LGBT. Pessoas de diferentes orientações sexuais não são extraterrestres, são seres humanos, e o que existe é a igual dignidade de direitos dos seres humanos, independentemente do sexo, religião, cor ou orientação sexual.

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