expresso.pt - 11 jun. 20:00
“Trump convenceu muitos americanos que o Presidente está senil. Não há margem para erros de Biden”: entrevista a ex-conselheiro de Clinton
“Trump convenceu muitos americanos que o Presidente está senil. Não há margem para erros de Biden”: entrevista a ex-conselheiro de Clinton
Escreveu 11 livros e mais de cem artigos sobre quase tudo o que marcou a política norte-americana dos últimos 40 anos. À margem da conferência “Comemorar a Revolução Portuguesa de 1974 e Avaliar o Futuro da Terceira Vaga da Democracia”, organizada pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, o Expresso falou com William Glaston, ex-conselheiro de Bill Clinton e uma voz constante nos fóruns de discussão sobre as razões para o avanço galopante de opções populistas em detrimento dos partidos tradicionais das democracias liberais
Seja quem for o próximo Presidente dos Estados Unidos, só o será mais uma vez. Nem Biden nem Trump podem concorrer a um terceiro mandato, e isso vai afetar a forma como irão governar. William Glaston, professor, ex-conselheiro da Casa Branca de Bill Clinton (1993-2001), autor de mais de uma dezena de livros sobre história, teoria e estratégia política nos Estados Unidos, está mais preocupado com o cenário de uma segunda e última presidência de Trump.
E o que o mantém acordado à noite não é tanto o que pode acontecer ao seu próprio país, mas sim à Europa e, sobretudo, à Ucrânia, em cujo solo se decide se a NATO, os Estados Unidos e a União Europeia são ou não capazes de investir, de se unir, no resgate de uma democracia sob ataque. Conhecedor da realidade política de vários países europeus, incluindo a portuguesa, avisa que os partidos populistas e de direita radical ainda não esgotaram o seu potencial de crescimento e diz que a luta entre dar prioridade à economia ou à preservação da cultura nacional vai definir a política nos próximos anos, principalmente no Ocidente.
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