www.rtp.ptrtp.pt - 11 jun. 18:17

Festival Tom de Festa em Tondela acolhe músicos de dez países para 12 concertos

Festival Tom de Festa em Tondela acolhe músicos de dez países para 12 concertos

Rita Payés, Lura, Lao Ra, Yamandu Costa, Expresso Transatlântico, Pamela Badjogo, Ana Lua Caiano e Selma Uamusse estão entre músicos e bandos agendados para a 32.ª edição do Tom de Festa, da ACERT, anunciou hoje a organização.

"Este ano o festival tem como lema `O direito à festa`, apesar de temos situações terríveis no mundo, como o que está a acontecer na Ucrânia e na Palestina, que estão mais próximas, mas há outras [situações de guerra], e este direito não nos faz esquecer isso", assumiu José Rui Martins, diretor da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT).

José Rui Martins acrescentou que "O direito à festa" "revela sim, no festival de músicas do mundo, o papel que a música tem sempre em cada um desses países para ser um ato de bem-estar e, muitas vezes, também de revolta e de contestação".

Na apresentação da programação aos jornalistas, que se realizou hoje, em Tondela, distrito de Viseu, este responsável destacou ainda a importância do Tom de Festa, numa altura em que a cidade vive uma situação "muito peculiar" com a chegada de "imensos migrantes de vários pontos do mundo".

"Isso para nós é sinónimo de grande felicidade, porque é sinal que Tondela não só sabe acolher, como também fica enriquecida pelos cruzamentos culturais que acontecem com as pessoas de vários pontos do mundo a residirem cá", enalteceu.

O festival, que acontece de 10 a 13 de julho, arranca com uma "celebração à liberdade", com o concerto "Em cantos de Abril" protagonizado pela moçambicana Selma Uamasse, o português Júlio Pereira e a Sociedade Filarmónica de Tondela.

Na mesma noite sobe ao palco Ana Lua Caiano, "uma portuguesa que, sozinha, faz acontecer música tradicional portuguesa com música eletrónica, ou seja, carrega a tradição portuguesa para a contemporaneidade".

E encerra no sábado, dia 13, com um "espetáculo há muito desejado de Rita Payés, a catalã [Espanha] que não só se apresenta em quinteto, como era desejo da ACERT, como ainda prometeu a presença da banda".

"Rita Payés inicia em Tondela a sua digressão pela Europa e não só. De Tondela, onde ficará três dias a conhecer o território, segue para Cáceres, depois Madrid e termina a digressão nos Estados Unidos da América", destacou José Rui Martins.

Também no último dia do festival, a cabo-verdiana Lura sobe ao palco num concerto de estreia com o coletivo Gira Sol Azul, um espetáculo que promete repetir uma semana depois no festival "Que jazz é este?", em Viseu.

Nessa noite há ainda música de Jamila & The Other Heros, anunciou Daniel Nunes, da ACERT, que co-apresentou a programação e destacou as "origens palestinianas de Jamila que tem ascendentes noutros países e cuja música reflete isso" mesmo.

Ainda no festival, no dia 11, pode ouvir-se Pamela Badjogo, do Gabão, que promete levar o público a "uma viagem musical profunda e introspetiva em que explora os dramas pessoais, os triunfos e os desafios diários de uma mulher africana nos dias de hoje".

O trio português Expresso Transatlântico fecha essa noite num concerto em que Gaspar Varela (guitarra portuguesa), Sebastião Varela (guitarra elétrica) e Rafael Matos (bateria) cruzam "a tradição portuguesa com as sonoridades contemporâneas".

Na sexta-feira, dia 12, a noite é para acolher o concerto de Criatura, um "eclético bando de músicos, artistas e gente que se dedica a revisitar a memória popular do território" que, "por si só, são um manifesto do direito à festa e de direito à vida".

A noite conta ainda com Lao Ra, a colombiana que apresenta um "concerto eclético, com ritmos latinos apresentados de uma forma mais pop, mais contemporânea, uma das vozes mais excitantes dos últimos tempos".

O dia 12 fecha com o brasileiro Yamandu que se apresenta em trio, com o argentino Martin Sued, com o seu bandoneon, e o português José Manuel Neto, com a sua guitarra portuguesa, "num diálogo que celebra a tradição ibero-americana".

O Tom de Festa conta ainda com atividades paralelas, como "a gastronomia do mundo", um mercado sustentável, workshops e exposições como a do tondelense Gustavo Dinis e a do movimento Tom de Verde.

"Uma mostra que quer despertar consciências para a sustentabilidade e, ao longo do festival, a exposição será diferente todos os dias", anunciou a organização que disse ter disponível a programação na página da internet da ACERT.

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