expresso.pt - 11 jun. 12:24
Volume de negócios na indústria subiu 7,3% em abril
Volume de negócios na indústria subiu 7,3% em abril
Esta melhoria pode ser atribuída em parte ao efeito de calendário, refletindo o facto de haver mais três dias úteis em abril e menos três em março, em comparação com o período homólogo, explica o INE
Em abril, o setor industrial registou uma recuperação com um aumento nominal homólogo de 7,3% no seu índice de volume de negócios, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Esta evolução contrasta com a descida de 12% verificada em março.
Excluindo o setor da energia, o volume de negócios registou um crescimento de 6,9%, invertendo a queda de 12,6% do mês anterior. Os mercados interno e externo contribuíram para esta recuperação, com o mercado interno a crescer 3,9% e o mercado externo a aumentar 13%, em comparação com as quedas de 10,7% e 13,9%, respetivamente, em março.
O crescimento do setor industrial foi impulsionado por vários segmentos-chave. Os bens intermédios aumentaram 2,5%, contribuindo com 0,8 pontos percentuais (p.p.) para o índice global. Esta é uma melhoria em relação a março, quando os bens intermédios registaram uma queda de 16,5%. Os bens de consumo e a energia recuperaram das descidas de 10,1% e 9,6%, respetivamente, verificadas em março, para taxas de crescimento de 9,8% e 9% em abril. A sua contribuição conjunta para o índice global foi de 4,6 p.p., contrastando com os 4,7 p.p. de março. Os bens de investimento registaram um crescimento de 11% em abril, face à quebra de 8,7% observada em março, contribuindo com 1,9 p.p. para o índice global. O índice de volume de negócios na indústria teve uma variação mensal de 1,1%, relativamente aos 17,1% de abril de 2023.
As vendas no mercado nacional aumentaram 3,9% em abril, em termos homólogos, invertendo a descida de 10,7% no mês anterior. Excluindo o setor da energia, o aumento foi de 5,6%. Os bens de consumo passaram de um decréscimo de 8,9% em março para um aumento de 7,2% em abril, contribuindo com 1,8 p.p. para o índice global. Os bens intermédios registaram uma subida homóloga de 2,2%, uma recuperação face ao contributo negativo de 5,7 p.p. em março. Os bens de investimento registaram uma aceleração do crescimento para 11%, contribuindo com 1,3 p.p. a energia registou um ligeiro aumento de 0,3%, recuperando de uma queda de 9,7% em março. A variação mensal das vendas no mercado interno foi de −1,1%, contrastando com os 15,1% do período homólogo.
As vendas para o mercado externo aumentaram 13% em abril, recuperando de uma descida de 13,9% observada em março. Excluindo a energia, as vendas externas cresceram 8,4%. A energia registou um crescimento de 87,3% em abril, contribuindo com 5,1 p.p. para o desempenho global do mercado externo. Os bens de consumo e os bens de investimento inverteram as quedas registadas em março, com os bens de consumo a crescerem 13,5% e 11%, respetivamente, contribuindo com 6,8 p.p. no seu conjunto, destacando a divisão de fabricação de veículos automóveis, reboques, semirreboques e componentes, que passou de uma redução de 20,2% em março para um crescimento de 10,1% em abril. Os bens intermédios registaram um aumento de 2,9%, melhorando o seu contributo de 1,1 p.p. face aos 5,6 p.p. negativos em março. A variação mensal das vendas no mercado externo foi de 4,7% em abril, contrastando com a queda de 20,2% verificada no mesmo período do ano passado.
O emprego no setor industrial apresentou um aumento de 0,2% em abril, após uma ligeira descida de 0,2 em março. As horas trabalhadas aumentaram 9,3% em abril, após uma queda de 8,5% em março. O crescimento das remunerações desacelerou ligeiramente para 6,2%, contra 6,8% no mês anterior. As variações mensais do emprego, das remunerações e das horas trabalhadas foram de +0,1, +0,5% e +0,9%, respetivamente.