expresso.pt - 11 jun. 18:42
Queda bolsista agrava-se na Europa com crise em França e contágio negativo de Wall Street
Queda bolsista agrava-se na Europa com crise em França e contágio negativo de Wall Street
A onda vermelha nos mercados europeus acentuou-se esta terça-feira com o índice bolsista para a zona euro a cair mais de 1%. As maiores quedas registaram-se em Milão, Madrid e Lisboa. Para além da crise política em França juntou-se o contágio das quedas em Nova Iorque devido à incerteza sobre quando a Reserva Federal decidirá o primeiro corte de juros este ano
A crise nas bolsas europeias não foi passageira. Depois do índice MSCI para a zona euro ter caído 0,65% na segunda-feira, o trambolhão acentuou-se esta terça-feira, com uma quebra de 1,1%. Uma conjugação de fatores negativos está a afetar a confiança dos investidores. O índice das 50 principais cotadas na zona euro caiu esta terça-feira ainda mais: o Eurostoxx 50 escorregou de 0,7% para 1,04%.
Para além da crise política francesa provocada pela vitória da extrema-direita nas eleições para o Parlamento Europeu e pela convocação de eleições legislativas antecipadas já para o final de junho pelo presidente Macron, juntaram-se as declarações de Christine Lagarde deitando um balde de água fria sobre as expetativas de quem esperava um ciclo certo de corte de juros este ano pelo Banco Central Europeu e a probabilidade de que a Reserva Federal norte-americana (Fed) só decida um primeiro corte em setembro. As duas bolsas norte-americanas estão a reagir esta terça-feira negativamente e contagiaram a parte final da sessão bolsista na Europa. A Fed anuncia na quarta-feira a sua decisão sobre os juros e revela as projeções dos seus decisores para a trajetória dos juros até final do ano.
Lisboa que, na segunda-feira, tinha passado quase despercebida, com o índice PSI (das 16 principais cotadas) a recuar marginalmente 0,11%, passou para a terceira queda mais importante esta terça-feira na Europa. O PSI caiu 1,41%, abaixo dos líderes nas perdas em Milão (índice MIB perdeu 1,91%) e em Madrid (índice Ibex 35 recuou 1,6%). A bolsa de Paris que, na segunda-feira liderou distanciada as quebras na Europa, fechou, esta terça-feira, a cair 1,33%, um rombo próximo do do dia anterior (queda de 1,35%). Os maiores trambolhões nas cotadas em Paris registaram-se no BNP Paribas e na Vinci com quebras de quase 4%.
As bolsas de Nova Iorque ainda não fecharam e a trajetória é de perdas em Wall Street, com os índices Dow Jones e S&P 500 em terreno negativo, e o Nasdaq a resistir em terreno positivo.