Henrique Raposo - 22 mai. 09:35
Não, não podem: os deputados do Chega não podem ser burgessos
Não, não podem: os deputados do Chega não podem ser burgessos
Não, não pode. Porque há palavras que se tornam ações. Quando desumaniza com as piores alarvidades machistas, racistas e homofóbicas algumas deputadas do meu país, a bancada do Chega está a cometer um ato de violência que não é protegido pela liberdade de expressão. Não, não pode. E nós podemos e devemos exigir que as autoridades atuem de imediato, porque este tipo de atitude de um deputado valida cá fora na vida real as piores barbaridades machistas sobre raparigas e mulheres
Os deputados do Chega têm desde o início atitudes burgessas. Pior ainda: representam esse papel com orgulho; fazem dessa pose burgessa um culto, uma identidade, uma bandeira; o Chega não tem qualquer unidade política ou ideológica a não ser este machismo de taberna a cheirar a garrafão ou de ginásio 2.0 de incels chungas. O Chega é, no fundo, a revolução chunga que acha que as regras de boa educação - ainda para mais no parlamento - são coisas das “elites”, dos “betinhos”, dos “riquinhos”. Não, não são regras das elites, são regras de todos.
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