expresso.ptRicardo Costa - 15 mai. 07:41

Na fé somos todos iguais!

Na fé somos todos iguais!

O dia 13 de maio é, invariavelmente, sinónimo de fé, independentemente de se acreditar ou não em Deus. Este dia reflete o poder da fé e da esperança e é admirável observar o impacto profundo que exerce sobre a humanidade

Vive-se um sentimento avassalador, não especificamente de crença em Deus, mas pela quantidade de pessoas que, impelidas por uma fé robusta, se congregam não apenas para suplicar, mas para agradecer, crer e esperar. A esperança, diz-se frequentemente, move o mundo. E, de facto, este dia é muito mais do que uma celebração católica; é uma celebração da crença nas pessoas, em nós próprios, no futuro, no presente e no que ainda está para vir, assim como na força necessária para superar os momentos mais difíceis.

Neste contexto, a fé une as pessoas não apenas em espírito, mas numa caminhada física de solidariedade e suporte mútuo. Milhares de pessoas, percorrem o país a pé até Fátima e terminam a peregrinação com velas nas mãos, mostrando que a fé tem o poder de mover o mundo, ou, pelo menos, de torná-lo um lugar mais humanamente acessível.

A esperança, presente em cada passo, em cada rosto e em cada gesto, demonstra que as barreiras são, de facto, ultrapassáveis e que a humanidade é capaz de as superar com surpreendente facilidade. A esperança é uma força vital que desconsidera as diferenças individuais e agrega as pessoas sob o signo da bondade comum e da crença na humanidade. Este sentimento poderoso revela que a verdadeira força advém da nossa capacidade de ter fé, de imaginar um futuro melhor, de trabalhar juntos para torná-lo uma realidade ou simplesmente de agradecer o presente.

No fundo, acredito que todos somos movidos pela esperança que transportamos dentro de nós. A fé que observamos torna as montanhas escaláveis e transforma o próprio acto de escalar numa possibilidade real para todos. Em essência, a fé é realmente sobre o poder de acreditar e é isso que nos define como seres humanos capazes. Pela fé, movemos montanhas, olhamos além; num mundo repleto de desafios, a fé surge como o nosso maior bem.

Neste ano, ao fazer pela segunda vez na minha vida o caminho de Braga a Fátima a pé, testemunhei a crença e a fé de todos os peregrinos. Cada um com os seus motivos e promessas, mas algo notável é que, na estrada, não existem classes sociais, ricos ou pobres... somos todos filhos de Deus. Seja porque faz bem ao corpo e à alma, por devoção, fé, espiritualidade, ou apenas para encontrar a paz e a tranquilidade. Percorrendo 30km ou 50km por dia, em grupo ou sozinho, cada pessoa segue o caminho com a sua intenção e de formas distintas... e não há nada de errado nisso, pois existe um respeito mútuo entre todos.

Este 13 de Maio, como todos os outros, foi um testemunho vibrante da força que reside na fé comum e na esperança que nos une enquanto comunidade, enquanto nação e, mais profundamente, enquanto seres humanos.

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