rr.sapo.ptrr.sapo.pt - 26 abr. 14:12

Rússia detém jornalista de edição local da revista Forbes

Rússia detém jornalista de edição local da revista Forbes

Mingazov foi detido ao abrigo de um artigo do Código Penal sobre divulgação pública, sob a forma de mensagens fiáveis, de informações conscientemente falsas contendo dados sobre a ação das Forças Armadas, precisou a TASS.

As autoridades da Rússia detiveram um jornalista russo que trabalha para a edição local da revista norte-americana Forbes por alegadamente ter difundido informações sobre abusos do exército na Ucrânia, anunciou o seu advogado esta sexta-feira.

Serguei

A edição russa da Forbes citou a publicação do advogado do jornalista na página da revista na internet.

"Até ao momento, a Forbes não conseguiu contactar Mingazov", disseram os responsáveis pela revista.

As acusações contra o jornalista podem implicar uma pena de 10 anos de prisão.

Muitos críticos da agressão russa à Ucrânia foram presos com base em acusações semelhantes.

Várias pessoas foram condenadas especificamente por terem denunciado o massacre de Bucha, como o opositor Ilia Iachine, que está a cumprir uma pena de oito anos e meio de prisão.

Em 20 de março, o documentarista Vsevolod Koroliov foi condenado a três anos de prisão por ter denunciado a responsabilidade da Rússia em Bucha.

Em 22 de abril, Yuri Kokhovets, um russo entrevistado na rua pela Rádio Europa Livre/Rádio Liberdade, foi condenado a cinco anos de prisão por ter acusado os militares de "dispararem sem sentido" contra civis em Bucha.

Em janeiro, o ativista dos direitos humanos Gregori Winter foi condenado a três anos de prisão por ter divulgado "informações falsas" sobre os acontecimentos de Bucha.

O exército russo é acusado de ter cometido um massacre na cidade durante a sua retirada da região, na primavera de 2022.

Moscovo recusou as acusações e denunciou uma encenação ocidental, rejeitando os múltiplos testemunhos e provas apresentados pelos habitantes e pelas autoridades ucranianas.

A Rússia aumentou a repressão dos críticos do Kremlin (presidência russa), na sequência da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Em fevereiro de 2024, o principal crítico do Presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny, morreu na prisão em circunstâncias obscuras.

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