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Exame Informática | Startup finlandesa produz comida a partir do ar e energia solar

Exame Informática | Startup finlandesa produz comida a partir do ar e energia solar

A Solar Foods já começou a produzir soleína, um alimento futurista criado a partir do ar e da energia solar numa fábrica perto de Helsínquia

A Solar Foods anunciou que já começou a produzir soleína, uma proteína futurista criada em Vantaa, perto de Helsínquia. Este alimento do futuro poderá vir a ter muitas aplicações e destaca-se por ser produzido a partir do ar e de energia solar. A empresa já tem aprovação para vender este alimento em Singapura e pretende ter o OK para entrar nos EUA este ano e na Europa em 2025.

A fábrica finlandesa tem a capacidade de produção de 160 toneladas de soleína por ano, volume que é modesto, mas que o CEO Pasi Vainikka espera ser suficiente para provar que a tecnologia funciona e desencadear depois uma revolução na forma como comemos e os alimentos que ingerimos.

O The Guardian lembra que a alimentação e a agricultura são responsáveis por 25% das emissões de carbono no planeta, fatia que deve crescer à medida que outras indústrias abraçam energias verdes. Até agora, algumas das campanhas de combate às alterações climáticas passavam por persuadir as pessoas a comer menos carne e mais plantas. Com alimentos como a soleína, a abordagem pode vir a ser diferente.

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Este novo alimento assume a forma de um pó amarelado, semelhante à levedura usada para produzir cervejas, e pode ser usado para gerar alternativas à carne, ao queijo, aos batidos e como substituto do ovo em massas e maionese. Numa prova de conceito, a Solar Foods produziu ravioli com um queijo creme, onde a soleína substituiu o ovo e o queijo. Em Singapura, há chocolates e gelados com soleína a substituir o leite e a ser suplemento de ferro.

A Solar Foods usa eletricidade renovável para separar a água e depois alimenta os micróbios com oxigénio e hidrogénio, dentro de uma câmara de fermentação. A proteína é produzida com 95% de ar e os restantes 5% vêm de uma solução com ferro, magnésio, cálcio e fósforo, que é colocada na câmara. Esses micróbios são pasteurizados e depois secos numa centrifugadora com ar quente, o que resulta no pó que é a soleína.

Outra vantagem deste alimento é que não necessita de extensos pedaços de terreno para alimentação de animais ou cultivo. Dados das Nações Unidas mostram que, nos EUA, agircultores produzem 3,3 toneladas de soja com cada colheita num hectare de terreno. A Solar Food consegue produzir 160 toneladas numa fábrica piloto que ocupa um quinto desse terreno.

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