expresso.ptexpresso.pt - 23 abr. 16:42

Tiago Moreira de Sá, ex-deputado do PSD, é o número dois do Chega às europeias

Tiago Moreira de Sá, ex-deputado do PSD, é o número dois do Chega às europeias

Ventura anunciou o nome na mesma ocasião em que acusou PSD e PS de “falta de vergonha” nas escolhas de Sebastião Bugalho e Marta Temido

O ex-deputado do PSD Tiago Moreira de Sá vai ser o segundo nome da lista do Chega às eleições europeias, anunciou esta terça-feira o presidente do partido, que criticou as escolhas da Aliança Democrática (AD) e PS.

"Foi com grande gosto e sentido de missão que recebi da parte do doutor Tiago Moreira de Sá, antigo deputado do PSD na anterior legislatura, a aceitação do convite que lhe tinha dirigido para ser um dos rostos do Chega às europeias", afirmou André Ventura, numa conferência de imprensa na Assembleia da República.

André Ventura indicou que Tiago Moreira de Sá vai integrar a lista dos candidatos do Chega ao Parlamento Europeu "em segundo lugar".

O presidente do Chega criticou a escolha do jornalista e comentador televisivo Sebastião Bugalho para cabeça de lista da AD e da antiga ministra Marta Temido para o primeiro lugar da lista do PS, acusando estas forças políticas de "falta de vergonha".

Deputado na última legislatura, Tiago Moreira de Sá recusou ser candidato nas últimas legislativas por ter sido convidado para um lugar não elegível. Nas suas redes sociais é possível perceber a amizade com Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, e a admiração por Pedro Passos Coelho. Tal como o ex-primeiro-ministro defende que o PSD deve dialogar e fazer acordos à direita. “Tudo indica que a direita terá uma vitória histórica. Temos uma oportunidade única para formar um governo maioritário, forte e capaz de transformar Portugal”, escreveu a 10 de março.

Ventura remeteu para os próximos dias a divulgação dos restantes nomes que compõem a lista de candidatos às eleições europeias de 9 de junho. Questionado se a lista poderá incluir mais figuras ligadas a outros partidos e, em particular, ao PSD, o líder do Chega respondeu que isso acontecerá "quase com toda a certeza". Já as listas do Chega às eleições legislativas de 10 de março contaram com vários nomes anteriormente ligados ao PSD. "Estou cada vez mais convicto de que o Chega vencerá as eleições europeias deste ano", disse, destacando que o partido apresenta "uma candidatura forte, com experiência internacional, com reconhecido percurso político diplomático e profissional" e tem uma "dinâmica de vitória que nenhum outro partido tem".

Nesta conferência de imprensa, o presidente do Chega criticou também a escolha do jornalista e comentador televisivo Sebastião Bugalho para cabeça de lista da AD e da antiga ministra Marta Temido para o primeiro lugar da lista do PS, acusando estas forças políticas de "falta de vergonha".

André Ventura considerou que a escolha de Sebastião Bugalho "gera alguma perplexidade" porque há algumas semanas "fazia a avaliação de debates televisivos entre líderes de partidos".

"Agora é candidato de uma lista que estava evidentemente em negociação já nessa altura", alegou, defendendo ser uma "evidência da promiscuidade perigosa que existe hoje entre alguma comunicação social e as listas dos partidos políticos". Ventura disse que o PSD "não conseguiu recrutar a figura que queria, Rui Moreira" e escolheu "segundas linhas ou terceiras".

Já sobre a escolha de Marta Temido, o presidente do Chega acusou o secretário-geral do PS de ser "um líder muito imprudente" e de querer "dividir ainda mais o país", lembrando que a antiga ministra da Saúde se demitiu em agosto de 2022 na sequência dos problemas e o encerramento de urgências obstétricas em todo o país.

André Ventura afirmou que atualmente "o pior dos segmentos em termos de serviço público é a saúde" e que "este segmento foi representado e incorporado por Marta Temido durante a grande maioria do Governo socialista", considerando "um pouco perplexo e bizarro" que tenha sido a escolha para cabeça de lista do PS ao Parlamento Europeu.

Questionado pela Lusa, o antigo deputado social-democrata confirmou ter aceitado convite do presidente do Chega para integrar, como independente, a lista do partido às europeias.

"Confirmo que aceitei o convite com muito orgulho e em breve falarei mais a fundo sobre o assunto", disse Moreira de Sá, que em janeiro tinha renunciado integrar a lista da coligação Aliança Democrática (AD) à Assembleia da República, depois de ter sido indicado em 25.º lugar pelo círculo de Lisboa, inelegível.

Na altura, deixou um agradecimento especial ao ex-presidente do PSD, Rui Rio, que o tinha convidado para ser deputado na XIV legislatura, durante a qual foi coordenador do partido na Comissão de Negócios Estrangeiros.

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