expresso.ptexpresso.pt - 23 abr. 15:27

Bloco e PS concordam nos "perigos" da "instabilidade da direita" e da revisão constitucional

Bloco e PS concordam nos "perigos" da "instabilidade da direita" e da revisão constitucional

A reunião com o PS desta terça-feira fechou o ciclo de encontros à esquerda solicitados pelo Bloco de Esquerda. Na hora do balanço, Mariana Mortágua destacou as convergências nas críticas ao Governo e na necessidade de cerrar fileiras quanto à revisão constitucional

Depois de um atraso de quase duas horas, o Bloco de Esquerda chegou à sua sede, em Lisboa, vindo do Largo do Rato, sede do PS. A reunião com Pedro Nuno Santos foi a última a ser marcada, demorou mais de um mês a acontecer – Mariana Mortágua lançou o repto aos partidos à esquerda e ecologista a 12 de março – e foi a mais prolongada. Depois de quase duas horas sentados à mesa, o líder do PS não quis prestar declarações e coube à coordenadora bloquista fazer um resumo da reunião e ainda traçar um balanço das reuniões com os quatro partidos (PAN, Livre, PCP e PS).

As convergências com os socialistas foram encontradas nas críticas ao Governo de Luís Montenegro tanto pela “instabilidade social e política” como pelas opções que “agravam as injustiças”, nomeadamente, as medidas de alívio fiscal que têm “caracter reduzido” e se concentram nos “escalões mais altos”. “O arrastar da instabilidade social e política com a maioria de direita traduz a incapacidade de a direita trazer um projeto de futuro para o país”, disse Mariana Mortágua, esta terça-feira, dia 23.

Também o travão à revisão constitucional - que só o PS pode dar - foi um dos pontos de ordem, apesar da líder bloquista não ter saído da reunião com uma garantia de sentido de voto do PS. “Queremos abrir um caminho de diálogo com os partidos à esquerda e ecologistas. Esse caminho tem tradução concreta na vontade de impedir tentações da direita de retrocessos constitucionais ou direitos fundamentais que atacam a maioria, os direitos das minorias e que mostram um futuro que não queremos”, avançou. O “travão” à revisão constitucional iniciada em 2022 já tinha sido acordado com o PCP, na reunião entre Mariana Mortágua e Paulo Raimundo. Agora, também o PS parece estar de acordo com a necessidade de fechar o dossier que ficou a meio devido à queda da maioria absoluta. “Há uma avaliação comum relativamente aos perigos da revisão constitucional. Veremos como se traduz no espaço parlamentar”, respondeu Mariana Mortágua quando foi questionada sobre se tinha garantias sobre a posição do PS.

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