expresso.ptexpresso.pt - 23 abr. 16:02

Dez personalidades vão debater em Marvão o que a Revolução dos Cravos trouxe à cultura, à política e às artes

Dez personalidades vão debater em Marvão o que a Revolução dos Cravos trouxe à cultura, à política e às artes

A terceira edição dos Diálogos de Marvão, com curadoria de Ana Rocha, convida intelectuais portugueses e brasileiros a concentrarem-se no cinquentenário do 25 de Abril

Realiza-se pela terceira vez, em Marvão, o Colóquio “Diálogos em Marvão”. O programa, que preenche no dia 10 de maio o Auditório da Quinta dos Olhos d’Água, integra-se na Academia Internacional de Marvão para a Música, Artes e Ciência.

Esta foi criada em torno do Festival Internacional de Música daquela localidade alentejana, a funcionar há sete anos, e tem como objetivo “contribuir para o desenvolvimento da região-território de baixa densidade e de demografia muito desfavorável”, lê-se no site desta instituição sem fins lucrativos. Esta é apenas, porém, parte de uma vontade de “dotar o país com um projeto que, com a qualidade que se pretende e na região interior, Portugal não tem ainda, [esperando-se que contribua], de um modo significativo, para a atratividade do País nas áreas da Cultura e da Educação”.

A 10 de maio, o colóquio não podia deixar de se focar nos 50 anos do 25 de Abril. “Na história recente de Portugal, ao implicar o colapso de um regime político que durou 48 anos, este período decisivo iniciado a partir da madrugada do 25 de Abril de 1974, deixou marca profunda na sociedade portuguesa. Em consequência, a viragem do regime governativo com novos dirigentes e o fim da guerra colonial trouxeram consequências e transformações radicais à sociedade portuguesa nas esferas da vida social, política, económica, cultural, intelectual, artística, educativa, militar, diplomática e legislativa”, escreve Ana Rocha, a curadora dos Diálogos de Marvão.

É neste sentido que convidou oito personalidades que irão debater sobre temas ligados à política, à história, às artes, à música e à filosofia. “Trata-se de uma ocasião para o encontro entre intelectuais do panorama cultural português e brasileiro – quatro historiadores, uma musicóloga, um filósofo, um politólogo e um artista plástico – convocados agora para um painel de diálogos, troca de ideias e jogo com perceções diferentes”, conclui a responsável pela curadoria.

Os trabalhos iniciam-se com uma conferência do historiador Domingos Bucho sobre “Portalegre há 50 anos, uma forma desnecessária de medir se valeu a pena a liberdade”, e segue-se com a intervenção da musicóloga Inês Thomas Almeida sobre a ação cultural de Madalena Azeredo Perdigão antes e depois do 25 de Abril de 1974.

Rui Baldaque Romão propõe uma comunicação intitulada “De meio em meio século”, enquanto a historiadora brasileira Laura Mello e Souza chama a si o tema “Exilados portugueses no Brasil, 1950-1974” e a historiadora da arte Luísa Soares Oliveira se pronuncia acerca do par “Arte e Revolução”.

A Elísio Summavielle, ex-administrador do CCB, cabe-lhe falar sobre “A Liberdade, ontem e hoje”, antes de Renato Lessa, cientista político brasileiro, sugerir uma palestra intitulada “Os cravos de ultramar, nossas agruras estão presentes e nossas esperanças: visões desde o Brasil de 1974”. A encerrar, “Flashback; Momentos do fazer na minha obra plástica” assinala a participação do artista plástico Pedro Calapez.

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