expresso.pt - 4 abr. 14:30
O prazer simples e sofisticado dos mais belos sabonetes
O prazer simples e sofisticado dos mais belos sabonetes
Um produto do quotidiano é hoje um cosmético sofisticado que apetece guardar. Estamos a voltar ao encanto simples do sabonete
As origens do sabão remontam à Babilónia, na antiga Mesopotâmia, onde é hoje Hila, a sul de Bagdade. Ali consta ter existido uma mistura de gordura animal, cinzas e água usada para lavar utensílios de cozinha e outros bens domésticos. Arqueólogos encontraram, dentro de cilindros de cerâmica, uma mistela que acreditam ser a receita do sabonete ancestral, datada de 2800 a.C. Também há registos da existência de uma solução parecida no Egito, onde foi encontrado um papiro, datado de 1550 a.C., que pormenoriza uma mistura de óleos animais e vegetais com sais alcalinos para lavar a pele, tratar feridas, úlceras e irritações dermatológicas. Na verdade, os cientistas árabes foram os primeiros a produzir sabonetes com base em óleos vegetais e aromáticos, como o azeite e o tomilho, aos quais juntavam soda cáustica. São dos mais antigos do mundo e já existiam exemplares sólidos e líquidos, perfumados e coloridos, em cidades como Nablus, na Palestina, Kufa e Bassorá, no Iraque, desde o início do século VII. Ainda hoje é comercializado o sabonete de Alepo, e os seus fabricantes asseguram que a receita original permanece intacta. O sabão também foi usado como um bálsamo ou pomada para a pele, para colorir o cabelo e lavar a lã na indústria têxtil.
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