expresso.pt - 4 abr. 11:15
Nuno Pereira: “No terramoto do Haiti soube o que era ter dinheiro no bolso e não conseguir comprar comida. Não havia nada”
Nuno Pereira: “No terramoto do Haiti soube o que era ter dinheiro no bolso e não conseguir comprar comida. Não havia nada”
O jornalista Nuno Pereira estava de férias com a família na República Dominicana quando se deu o sismo do Haiti, em 2010, que provocou mais de 300 mil mortes. “Estava ali ao lado quando tudo aconteceu e sabia que o telefone ia tocar. Cheguei a uma terça e o terramoto deu-se na quarta.”
Nuno Pereira lembra que este foi o seu primeiro teste de fogo fora do desporto e a experiência acabou por marcá-lo: “Costumo dizer que faço casamentos e funerais. Tanto estou num programa de festa no Verão [Olhá Festa, da SIC] como vou para uma guerra [Ucrânia] ou um terramoto.” No caso do Haiti, esteve oito dias em reportagem: “O país cheirava a morte. Eram 300 mil corpos a céu aberto com 40 graus. Os corpos eram carregados com pás de máquinas. Tinha 250 euros no bolso e não conseguia comprar comida. Não havia nada. Ali soube o que era, verdadeiramente, ter fome. Senti fome ao fim de dois dias sem ter nada para comer.”
O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.
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