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Exame Informática | Israel usou Inteligência Artifical para identificar 37 mil alvos do Hamas

Exame Informática | Israel usou Inteligência Artifical para identificar 37 mil alvos do Hamas

Fontes de inteligência israelita revelaram o uso do sistema 'Lavender' na guerra de Gaza, e que um ataque contra um soldado do Hamas pode levar à morte de vários civis.

As forças militares de Israel em Gaza utilizaram um banco de dados alimentado pela Inteligência Artificial, (IA) até então não divulgado, para identificar 37 mil possíveis alvos, com supostas ligações ao Hamas, de acordo com elementos do serviços de informações israelita.

O uso de sistemas de IA por Israel, na guerra contra o Hamas, entrou num terreno desconhecido até então, levantando uma série de questões legais e morais e transformando a relação entre militares e máquinas.

“Isto é um acontecimento sem precedentes”, diz um oficial israelita, citado pelo jornal The Guardian. “Todos perdemos pessoas, incluindo eu [durante o atentado de 7 de outubro]. A máquina fez isso friamente, e isso tornou tudo mais fácil”, admitiu o oficial que utilizou o sistema de IA, Lavender, acrescentando ter mais confiança num software do que num soldado que poderá estar emocionalmente afetado.

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Além de revelarem o uso do sistema de IA, os operacionais admitiram que as autoridades militares israelitas permitiram que um grande número de civis palestinianos fossem mortos, especialmente durante as primeiras semanas e meses do conflito armado, relata o The Guardian.

O Lavander também já teve algumas falhas quando se trata de identificar possíveis alvos do Hamas. Estes erros resultam das definições usadas no programa, na definição dos membros do grupo terrorista. “Houve momentos em que um membro do Hamas foi definido de forma mais geral, e então a máquina começou a trazer-nos todos os tipos de pessoas, como defesas pessoais ou polícias, em quem seria uma vergonha usar bombas. Trata-se de pessoas que ajudam o governo do Hamas, mas não colocam em perigo os soldados israelitas”.

Esta “máquina” permite que sejam poupados alguns recursos materiais, mas continuam a provocar vítimas indesejadas. “Não é aconselhável desperdiçar bombas com um custo elevado em pessoas sem importância, é muito caro para o país e há escassez (dessas bombas)”, disse um oficial de inteligência sem revelar a sua identidade. Outro ainda acrescentou que a principal questão é o “dano colateral” provocado aos civis, num ataque destas dimensões.

O ministério da saúde, presente no território controlado pelo grupo terrorista do Hamas, afirmou que desde 7 de outubro já morreram 33 mil palestinianos.

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