expresso.ptexpresso.pt - 4 abr. 16:00

O que querem o Chega e Ventura? Vítor Matos e Miguel Carvalho respondem a Daniel Oliveira

O que querem o Chega e Ventura? Vítor Matos e Miguel Carvalho respondem a Daniel Oliveira

André Ventura recebeu os resultados eleitorais das legislativas de 2022 com euforia, dizendo na própria noite que o Chega era a terceira força política e que tinha vindo para ficar. Tinha razão. Dois anos depois, o Chega transformou o mapa político português. Vítor Matos, jornalista do Expresso, editou recentemente um livro, “Na Cabeça de Ventura”, e Miguel Carvalho, jornalista freelancer que tem estudado exaustivamente o Chega são os convidados desta edição do podcast Perguntar Não Ofende
Matilde Fieschi Tiago Pereira Santos

Miguel Sousa Tavares De Viva Voz

“Fatalmente, vamos estar em campanha permanente” porque “é muito difícil imaginar que haja vida para o governo depois do orçamento”

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O bipartidarismo que marcou cinco décadas de democracia parece ameaçado como nunca tinha sido. Ao contrário do que aconteceu em 1985, com o PRD, o crescimento do Chega parece ser estrutural e em linha com o que varre toda a Europa e os Estados Unidos.

No último mês, os que se habituaram a pensar que a extrema-direita nunca teria sucesso no último país a descolonizar e com índices altíssimos de rejeição da classe política, correram a apresentar, com a mesma simplicidade do passado, o cardápio de medidas e soluções para esvaziar a extrema-direita. Como alguns inquéritos sociais já mostravam há vários anos, os portugueses estavam mais do que prontos para aderir a um discurso de rejeição da diferença, seja ela a imigração, dos ciganos ou da classe política. Ventura foi o primeiro a saber interpretar essa disposição e a saber mobilizá-la a seu favor.

A psicóloga Catarina Rivero é presidente da Associação Portuguesa de Terapia Familiar e Comunitária José Fernandes

Que voz é esta?

“Mais vale um bom divórcio que um mau casamento para uma criança. Os filhos adaptam-se, as famílias não se destroem, ficam mais complexas”

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As explicações tradicionais, como a económica, que realça os efeitos de quem se sente na margem perdedora da globalização, ou as culturais, que se centram no protesto de quem aspira a um regresso a um “mundo mais simples” e menos progressista, parecem não conseguir explicar a velocidade galopante deste crescimento populista.

O que explica, então, o progresso destas forças? E a velocidade do seu crescimento, numa sincronia quase perfeita em toda a Europa e EUA? Porque é a direita radical a conseguir captar todas as dinâmicas de protestos e a cristalizar-se como uma força incontornável no xadrez político europeu? De onde vem esta raiva que parece ter tomado conta do espaço público?

É mais que uma entrevista, é menos que um debate. É uma conversa com contraditório em que, no fim, é mesmo a opinião do convidado que interessa. Quase sempre sobre política, às vezes sobre coisas realmente interessantes. Um projeto jornalístico de Daniel Oliveira e João Martins. Imagem gráfica de Vera Tavares com Tiago Pereira Santos e música de Mário Laginha. Subscreva (no Spotify, Apple e Google) e oiça mais episódios:

Tiago Pereira Santos, com ilustração de Vera Tavares
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