expresso.pt - 4 abr. 16:11
As 50 Canções que Anunciaram o 25 de Abril: #30 ‘Cantiga para Pedir Dois Tostões’, de José Mário Branco (1971)
As 50 Canções que Anunciaram o 25 de Abril: #30 ‘Cantiga para Pedir Dois Tostões’, de José Mário Branco (1971)
Em contagem decrescente para a celebração do 50º aniversário do 25 de Abril, a BLITZ publica diariamente uma lista de 50 canções que abriram caminho à liberdade conquistada na Revolução dos Cravos, com textos assinados por Luís Freitas Branco, autor do livro “A Revolução Antes da Revolução”. Paris, 1971. A última paragem do Sud Express é a primeira imagem de “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”, a entrada em cena do exilado. A segunda canção, ‘Cantiga para Pedir Dois Tostões’, esclarece o próximo destino: pandeireta a marcar ritmo, adensar implacável de tensão, uma voz, a de José Mário Branco, a liderar um pelotão
Até 25 de Abril de 2024, a BLITZ publica uma lista de 50 canções que abriram caminho à liberdade conquistada há 50 anos. São canções que, durante o Estado Novo, prenunciaram a mudança ocorrida a 25 de Abril de 1974, e deram forma a uma revolução cultural que em muito antecedeu a revolução política que pôs termo à ditadura. Os textos são da autoria de Luís Freitas Branco, autor de “A Revolução Antes da Revolução” (Zigurate, 2024), a publicar este mês, livro que documenta o modo como a música popular portuguesa abriu as portas para o clima cultural, social e político que desencadeou o 25 de Abril de 1974. Todos os dias, esta lista ‘receberá’ uma nova canção.
30. ‘Cantiga para Pedir Dois Tostões’, de José Mário Branco (1971)O exilado desembarca, percorre as ruas desorientado, ouve-se o tumulto de uma cidade em efervescência, Paris em 1971. É a última paragem do Sud Express, Gare d'Austerlitz. Esta é a primeira imagem de “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”, em 'Abertura (Gare D'Austerlitz)', a entrada em cena do exilado, José Mário Branco, que se recusa a pegar em outra arma que não a viola. A segunda canção, ‘Cantiga para Pedir Dois Tostões’, esclarece o próximo destino: uma única pandeireta a marcar ritmo, um adensar implacável de tensão, e o cantor a liderar um pelotão, na frente de batalha. “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades” é o tiro de partida da revolução musical portuguesa de 1971.
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