expresso.ptexpresso.pt - 2 abr. 20:06

‘Tou, Xi? Biden liga à China, Putin cansado de afundar e o regresso da Zara a Kiev: o 779º dia de guerra

‘Tou, Xi? Biden liga à China, Putin cansado de afundar e o regresso da Zara a Kiev: o 779º dia de guerra

Ucranianos vão ripostando à bomba enquanto a diplomacia norte-americana pressiona aliados de Moscovo a pararem com “apoio” a Putin

Por telefone, Joe Biden e Xi Jinping já não conversavam desde 2022 – ainda que se tenham encontrado “tête-à-tête” em novembro passado, à margem da cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico. Mesmo com longas 12 horas de diferença horária, a ligação retomou esta terça-feira e o tema principal (Taiwan e o Irão também foram assunto) não podia ter sido outro senão a Guerra da Ucrânia.

O presidente norte-americano transmitiu ao homólogo chinês “preocupação” por aquilo que considera ser um apoio de Pequim a Moscovo – ainda que Pequim se diga “neutral”. Embora a Casa Branca nunca ouse questionar a “soberania” da China, que como tal “ tomará as suas próprias decisões sobre as suas relações”, altos funcionários do Governo de Biden adiantaram aos jornalistas que ele, Joe Biden, considera que a máquina de guerra russa é “ajudada” pela China e isso terá “um impacto a longo prazo na segurança europeia”.

A Casa Branca não espera que do telefonema resultem quaisquer “acordos”, mas a diplomacia prosseguirá com visitas à China nos tempos mais próximos da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e do secretário de Estado Antony Blinken.

Já em Moscovo, e também neste terça-feira, Vladimir Putin nomeou Sergei Pinchuk, um vice-almirante, novo comandante da Frota do Mar Negro. A nomeação surge em consequência do afundamento de vários navios russos pelas forças ucranianas.

Pinchuk, natural da Crimeia, península ucraniana anexada por Moscovo, conhece bem o Mar Negro e sabe o que lá se tem passado: até fevereiro, era ele o vice-comandante da Frota. E o que se tem passado (desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022) é a destruição de um terço dos navios russos, afundados por mísseis e drones navais e aéreos de fabrico próprio ucraniano.

OUTRAS NOTÍCIAS QUE MARCARAM O DIA

Se diariamente noticiamos ataques aéreos russos em solo ucraniano, também é notícia o contra-ataque de Kiev. Esta terça-feira, várias pessoas ficaram feridas quando drones ucranianos atingiram fábricas na república russa do Tartaristão, a mais de 1.100 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

Distante, mas não ocasional, o Tartaristão. Uma das cidades atingidas foi Nizhnekamsk, a sede de uma importante refinaria de petróleo. Tendo prometido retaliação pelos sucessivos e numerosos bombardeamentos que tem sofrido, a Ucrânia intensificou os ataques contra a Rússia nas últimas semanas, visando sobretudo instalações energéticas.

Parecendo um acontecimento de somenos, representa, pelo menos, o regresso a uma normalidade possível. Esta terça-feira o grupo Inditex, proprietário de marcas como a Zara, Pull&Bear, Massimo Dutti ou Bershka, anunciou que vai retomar a operação comercial (encerrou temporariamente a atividade em fevereiro de 2022 devido à guerra com a Rússia) na Ucrânia com a reabertura das vendas online no país, bem como de 20 lojas na capital Kiev.

O grupo espanhol pretende abrir proximamente meia centena de lojas em Kiev e avançar para Leópolis, a 70 km da fronteira com a Polónia, salvaguardando sempre que a prioridade é “a segurança de funcionários e clientes”. Na Rússia, porém, o gigante da moda fundado por Amâncio Ortega encerrou toda a atividade logo em março de 2022 e no final desse ano vendeu a operação em solo russo ao grupo Daher.

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