www.publico.ptpublico.pt - 10 fev. 05:20

Cartas ao director

Cartas ao director

Debates com Montenegro

Contrariando o que estava acertado entre as forças partidárias e as TV, Luís Montenegro entendeu não ir a debate com Paulo Raimundo da CDU e Rui Tavares do Livre, propondo que o debate destes se faça com Nuno Melo do CDS. O CDS não tem parlamentares. Esta postura ainda tem o agravante de Montenegro já ter debatido com Mariana Mortágua do BE, que tem um grupo parlamentar menor do que a CDU. Esta postura devia ter como resposta a anulação de todos os debates com Luís Montenegro, caso contrário as TV estarão a colaborar num ato antidemocrático de Luís Montenegro, ou não será?

Mário Pires Miguel, Reboleira

“Cabeça no ar”

O texto de Maria João Marques (M.J.M.) – uma das melhores colunistas do PÚBLICO “A insustentável leveza de Pedro Nuno Santos” (7 de Fevereiro) é brilhante na análise que faz do homem socialista. Sem dúvida que o currículo de Pedro Nuno Santos (P.N.S.) “é carregado de erros, falhanços e omissões”, como muito bem escreveu M.J.M.. E trapalhadas, acrescento. Não resisto a transcrever extractos do texto de M.J.M. quando, na análise que faz do trabalho de P.N.S. no governo, escreve: “(…) Gaba-se do trabalho feito na TAP, como se tivesse qualquer mérito nos lucros de uma empresa depois de esta levar uma injecção de 3,2 mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes.” E, para rematar, pior que “os inconseguimentos”, “é a sua leveza, se não mesmo leviandade, o total e impenitente desligamento da realidade. Vem de uma facção política que gosta de arrumar o mundo consoante a ideologia (…). P.N.S. sabe o que quer para o país [saberá dr.ª Maria João?] – só não faz ideia o que é o país”. Usando a expressão ternurenta e maternal da “insustentável leveza” (kunderiana) de M.J.M.: enfim, é um cabeça no ar.

António Cândido Miguéis, Vila Real

A insustentável leveza do insulto<_o3a_p>

Em 34 anos de leitura ininterrupta do PÚBLICO, que considero o meu jornal de referência, nunca terei lido um artigo de opinião, da responsabilidade de colaborador habitual, que constituísse um ataque de carácter mais demolidor, inoportuno e sectário, como o de Maria João Marques, na edição de quarta-feira, referindo-se a Pedro Nuno dos Santos! Apelidou o secretário-geral do maior partido português, eleito democraticamente em congresso e candidato a primeiro-ministro, entre outras adjectivações de menosprezo, de “cabeça no ar”, “incompetente”, “leviano”, acrescentando que “não faz ideia do que é o país” e que a sua eleição é “um cenário dum filme de terror”. Em tempo de campanha eleitoral, semelhante catilinária só seria compreensível se a pessoa que se subscreve como economista se assumisse como militante de facção!

António Sequeira, Leiria

A insustentável leveza de P.N.S.

Acabei de ler o artigo de Maria João Marques, “A Insustentável Leveza de Pedro Nuno Santos”. Excelente! Horas e horas de investigação permitiram-lhe reunir um conjunto de actos praticados por P.N.S., ao longo da sua vida política, que no seu todo demonstram, inequivocamente, a sua impreparação para ser primeiro-ministro.

Fico grato por me ter proporcionado ajuda preciosa para decidir o meu sentido de voto. Creio que todos os portugueses lhe devem também a mesma gratidão que eu sinto. Maria João Marques cometeu um único erro. Esqueceu-se que os leitores do PÚBLICO serão os leitores mais escolarizados do país e assim poucos terão em conta as balelas que escreveu. Falhou o alvo. Terá, porém, tempo suficiente para ensaiar outras tentativas para atingir o seu objectivo.

Octávio Senos Miranda, Lisboa

Faixa de Gaza

Deixaram de impressionar as ruínas da Faixa de Gaza. Impossível imaginar o grau e gravidade da situação humanitária que ali se vive. Temos de estar, pois, gratos a Alexandra Lucas Coelho, pelo texto “Nós, os danados da terra” (7 de Fevereiro), que nos ajuda a percepcionar a indescritível situação dos sobreviventes, reduzidos a mendigos esfomeados, privados de tudo. Desumanizados. Eles não são a vergonha da Palestina, são a vergonha de Israel e de todos nós, cúmplices passivos com algo que ultrapassou há muito o limite do justificável, do admissível. Estamos todos em processo de desumanização, se nos limitarmos a ser espectadores indiferentes.

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José Gonçalves, Porto

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