expresso.pt - 21 nov. 16:55
Fidelidade dá mais um passo para colocar Luz Saúde em bolsa
Fidelidade dá mais um passo para colocar Luz Saúde em bolsa
A Luz Saúde, detida pela Fidelidade, irá realizar a 22 de dezembro uma assembleia-geral de acionistas para permitir a dispersão de parte do capital da empresa. Mas a decisão final sobre se a Luz Saúde irá para a bolsa só será tomada no início do próximo ano
A Fidelidade, maior seguradora em Portugal, detida pelo grupo Fosun, está a preparar o terreno para poder colocar em bolsa uma posição minoritária do capital da Luz Saúde.
Para isso, a Luz Saúde agendou para dia 22 de dezembro uma assembleia-geral extraordinária para que os acionistas aprovem os detalhes da dispersão de capital, que incluirá um aumento do capital do grupo hospitalar presidido por Isabel Vaz, segundo revelou esta terça-feira a Luz Saúde no seu site.
Em junho já tinha sido abordada a questão, como então noticiou o Expresso, sendo prevista a venda de menos de 50% do capital. Ou seja, a Fidelidade ficará com o controlo do capital, se a operação for mesmo avante.
Ao Expresso fonte da Fidelidade dá nota de que a convocatória visa preparar “um potencial processo de oferta de venda particular, a um conjunto de investidores profissionais, nacionais e internacionais, a selecionar através de um processo de bookbuilding, de uma posição minoritária do seu capital social, mantendo a Fidelidade a sua participação maioritária nesse capital”.
João Carlos Santos Fidelidade contrata seis bancos para voltar a levar Luz Saúde para a bolsaEm cima da mesa está a venda de 30% a 40% do grupo, que detém mais de 28 unidades hospitalares e clínicas.
A mesma fonte refere ainda que "a aprovação das propostas que venham a ser submetidas à Assembleia Geral não determina a concretização do processo de venda, pois este apenas terá lugar se estiverem reunidas as condições que o acionista vendedor considera adequadas para tal”.
O Expresso sabe que a decisão de avançar ou não para a bolsa só será tomada em meados de janeiro de 2024. Até lá o que é preciso mesmo é criar condições para avançar se o mercado assim o permitir.
S��o seis os pontos elencados na convocatória divulgada no site da Luz Saúde a aprovar pelos acionistas na magna reunião de dia 22 de dezembro.
O primeiro é relativo ao aumento de capital através de uma oferta a realizar junto de investidores profissionais. O segundo servirá para suprimir os direitos de preferência dos acionistas da Luz Saúde neste aumento de capital. O terceiro visa obter dos acionistas a autorização para que as ações da empresa sejam transacionadas na bolsa portuguesa.
A assembleia extraordinária inclui ainda pontos relativos à alteração dos estatutos da Luz Saúde, à eleição dos órgãos sociais para o período de 2024 a 2027 e à eleição dos revisores oficiais de contas para esse mesmo horizonte temporal.