Daniel Oliveira - 20 nov. 09:19
Não há adultos na sala
Não há adultos na sala
Na noite de 7 de novembro, Marcelo fez um passeio até ao beco onde viviam os Távoras e o chão foi salgado para que nada ali nascesse. A charada sobre traições e vinganças, num momento tão sensível, revelou a pequenez de tudo isto. Costa já nada tem a perder e Marcelo continua viciado num maquiavelismo lúdico. São dois trapalhões a jogar uma partida a que já ninguém quer assistir
Não sei o que passou pela cabeça de Lucília Gago para acrescentar o último parágrafo a um comunicado que transformava o primeiro-ministro em exercício em suspeito, tornando a sua demissão inevitável. Sem isso, é provável que se demitisse na mesma. Mas não estaríamos, como estamos, perante uma crise de regime. Porque o primeiro-ministro não se demite por uma leitura política de um processo que envolve terceiros, mas por ele próprio estar implicado. E porque a justiça corre o risco de ser responsabilizada por isso, sobretudo perante a evidente fragilidade deste processo.
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