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Cibersegurança: a barreira impenetrável que salvaguarda o futuro das infraestruturas críticas

Cibersegurança: a barreira impenetrável que salvaguarda o futuro das infraestruturas críticas

Por Bruno Azula López, Sales Manager Espanha e Portugal, Axis Communications Num mundo cada vez mais interligado e dependente de tecnologias conectadas, a cibersegurança tornou-se uma prioridade crucial para proteger as infraestruturas críticas e as operações industriais. As ciberameaças estã

Por Bruno Azula López, Sales Manager Espanha e Portugal, Axis Communications

Num mundo cada vez mais interligado e dependente de tecnologias conectadas, a cibersegurança tornou-se uma prioridade crucial para proteger as infraestruturas críticas e as operações industriais. As ciberameaças estão em constante evolução e provêm de diversos players, desde hackers amadores a grupos organizados e potenciais agentes apoiados por estados. Neste contexto, o setor da vigilância e da segurança enfrenta desafios únicos no que toca à conceção e desenvolvimento de soluções que protejam tanto o domínio físico como o digital.

A importância das infraestruturas críticas e das operações industriais não pode ser subestimada, uma vez que o funcionamento contínuo destes serviços essenciais é vital para a economia e a sociedade. No entanto, o aumento da conectividade também expôs estes setores a ciberameaças que podem perturbar as suas operações e ter um impacto significativo na sua operação, mas também na população e na economia.

O ambiente legislativo da cibersegurança está também em constante mudança, o que representa um desafio adicional para a conceção e implementação de soluções de vigilância e segurança. As entidades reguladoras estão à procura de formas de melhorar a cibersegurança no domínio das infraestruturas críticas, o que significa que os fornecedores e consultores devem manter-se atualizados e cumprir os regulamentos aplicáveis.

Uma das tendências na regulamentação é enfatizar a responsabilidade partilhada dos fornecedores de serviços críticos e dos especialistas em cibersegurança. Em vez de se limitarem a definir requisitos específicos, as entidades reguladoras estão a solicitar que as organizações demonstrem que dispõem de medidas eficazes de proteção contra ciberataques. Esta evolução na abordagem regulamentar significa que todos os intervenientes na cadeia de valor, desde a conceção até à implementação e manutenção, devem estar envolvidos na garantia da cibersegurança.

Um “pensamento sistémico” na conceção de soluções de vigilância e segurança

Tendo isto em conta, é essencial adotar uma abordagem de “pensamento sistémico” ao conceber soluções de vigilância e segurança. Não podemos pensar apenas em produtos isolados, mas sim em sistemas integrados que protegem tanto o hardware como o software. A cibersegurança deve estar no centro do planeamento e do design, com a noção de que as soluções devem poder evoluir ao longo do tempo para se adaptarem às ameaças emergentes.

Os consultores e especialistas desempenham um papel essencial neste processo. Devem avaliar cuidadosamente as soluções de terceiros que recomendam, garantindo que cumprem os regulamentos e políticas de segurança relevantes. A adoção de normas de segurança e a implementação de medidas proativas, como o arranque seguro, o firmware assinado e a gestão do ciclo de vida dos dispositivos, são essenciais para garantir a cibersegurança a longo prazo.

É importante salientar que proteger as infraestruturas críticas envolve não apenas medidas reativas para atenuar os riscos atuais, mas também uma mentalidade proativa para antecipar e preparar futuras ameaças. Os peritos em cibersegurança têm de estar a par das últimas tendências e técnicas utilizadas pelos cibercriminosos e pelos agentes maliciosos. Isto permitirá o desenvolvimento de soluções de vigilância e segurança mais robustas e adaptáveis, capazes de resistir aos ciberataques mais sofisticados.

A educação e a sensibilização são também componentes vitais na luta contra as ciberameaças. As organizações devem formar os seus colaboradores em práticas de cibersegurança, promover uma cultura de segurança e incentivar a colaboração entre departamentos e fornecedores para partilhar informações e experiências relevantes.

Por outro lado, no domínio da cibersegurança, o conceito de “confiança zero” está a ganhar terreno. Trata-se de uma abordagem que não considera a segurança de nenhuma parte da rede como um dado adquirido e, em vez disso, exige autenticação contínua e validação permanente para permitir o acesso aos recursos. Esta abordagem oferece uma maior proteção contra ataques avançados e uma rápida mitigação de incidentes, minimizando o tempo de exposição às ameaças.

À medida que a tecnologia e a transformação digital avançam, a cibersegurança vai continuar a ser um desafio constante. As soluções de vigilância e segurança devem evoluir em conformidade, e as partes interessadas envolvidas na sua conceção e implementação devem trabalhar em conjunto para se manterem à frente das ameaças emergentes.

Em suma, gerir os desenvolvimentos na área de cibersegurança para infraestruturas críticas e industriais requer uma abordagem simultaneamente técnica, proativa e colaborativa. É da responsabilidade de todos os envolvidos na conceção, implementação e manutenção de soluções de vigilância e segurança trabalhar em conjunto para proteger as nossas infraestruturas vitais e garantir a continuidade dos serviços essenciais. Só através da colaboração e do foco na melhoria contínua é que podemos enfrentar os desafios da cibersegurança no mundo altamente conectado de hoje. A proteção das nossas infraestruturas críticas é essencial para garantir a resiliência e a estabilidade da sociedade num mundo digital em constante mutação.

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