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Um Galeno endiabrado lançou dragões para vitória tranquila

Um Galeno endiabrado lançou dragões para vitória tranquila

Em Hamburgo, a equipa de Sérgio Conceição colocou um ponto final numa malapata que durava desde 2014/15, com o brasileiro a assinar um bis e a assistir Taremi no terceiro.

O FC Porto entrou com o pé direito na Liga dos Campeões, batendo por 3-1, em Hamburgo, um Shakthar Donetsk que ainda conseguiu anular a vantagem madrugadora dos dragões, mas foi incapaz de reagir a uma noite diabólica de Galeno, autor de dois golos e uma assistência.

Desde 2014/15 que os azuis e brancos não entravam a ganhar na competição, mas esta terça-feira somaram tranquilamente os três pontos e mais 2,8 milhões de euros, perante um adversário imbatível a nível interno, mas que mostrou (naturais) limitações para se bater ao mais alto nível. E, pelo que se viu na ronda inaugural, vai lutar com o Barcelona de Félix (que bisou) pelo primeiro posto.

Sem o lesionado Iván Marcano (bem como Evanilson e o castigado Pepê), Sérgio Conceição optou por regressar a uma linha de quatro na defesa para o jogo no Volksparkstadion de Hamburgo, casa emprestada do Shakthar, a quase 2.500 quilómetros de Donetsk - onde os campeões ucranianos já não atuam desde julho de 2014 quando começaram os problemas no Donbass. João Mário ocupou o lado direito do setor recuado e Zaidu o esquerdo. Eustáquio e Taremi também regressaram à titularidade.

Cumprido o minuto de silêncio pelas vítimas das tragédias em Marrocos e na Líbia, não demorou muito até o FC Porto se adiantar no marcador. Logo aos oito minutos, uma recuperação de bola chegou aos pés de André Franco (a jogar num papel semelhante ao que exercia Otávio, partindo da direita para zonas mais interiores), que arriscou o remate de fora da área com o pé esquerdo. A bola não saiu com muita força, mas obrigou Riznyk a defesa incompleta e Galeno aproveitou para empurrar para a baliza.

Ainda assim, a equipa anfitriã não se rendeu e chegou rapidamente à igualdade, com o venezuelano Kevin Kelsy a dar, de cabeça, a melhor sequência a um cruzamento de Konoplya da linha de fundo, depois de um belo lance coletivo da equipa orientada pelo neerlandês Patrick Van Leeuwen (13'). A reação dos ucranianos não resistiu, todavia, muito tempo. Um novo erro defensivo, com Silkan a colocar a bola na zona central, permitiu a Galeno antecipar-se a Konoplya e finalizar sem grandes dificuldades na cara de Riznyk (15').

A classe de Taremi

A partir daqui, o FC Porto passou a controlar os acontecimentos quase por completo e foi com naturalidade que chegou ao 1-3, já depois de Iván Jaime, a atuar atrás de Taremi, ter testado o guardião do Shakthar com um remate de fora da área (18'). Novamente Galeno no lance, a fugir pela esquerda depois de uma tabela, com o cruzamento a sair milimétrico para o avançado iraniano dos dragões desviar de pé direito com classe e de primeira (29').

A vantagem mais larga dos portugueses, desabituados nesta época a um fosso destes no marcador, acalmou um pouco o ritmo do encontro mas o resultado ainda podia ter sido mais desnivelado ao intervalo, não fosse o endiabrado Galeno não ter chegado por muito pouco a mais um belo passe de Taremi.

Para o segundo tempo, Conceição mexeu na equipa, lançando Wendell no lugar de Zaidu. Nazaryna ainda colocou à prova Diogo Costa logo no arranque, mas seria Eustáquio a estar perto do quarto, aos 54 minutos, mas a bola saiu à figura do guarda-redes. André Franco imitou o seu colega para uma defesa mais complicada (59'), com Zubkov a responder da mesma moeda (65' e 80'). Conceição ainda teve tempo para estrear o mexicano Jorge Sánchez no lugar de João Mário, mas o resultado já não se alterou, até porque o FC Porto se mostrou satisfeito com o resultado e limitou-se a controlar, permitindo a Francisco, filho do técnico, voltar a atuar pelo clube na compensação.

No outro jogo do Grupo H, o Barcelona também não teve problemas para despachar o Antuérpia, goleando por 5-0. João Félix voltou a marcar, abrindo o marcador com um belo remate de pé direito logo aos 11 minutos, e assistiu magistralmente Lewandowski aos 18' para o segundo. Um autogolo após cruzamento de Raphinha fechou as contas no primeiro tempo, com Gavi a dilatar para 4-0 (54') e Félix a bisar assistido por Raphinha num cabeceamento ao segundo poste (67'), pouco antes de ser substituído.

dnot@dn.pt

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