expresso.pt - 19 set. 18:37
Visita à Maison Gainsbourg, a comovente homenagem da filha Charlotte ao pai e mito Serge
Visita à Maison Gainsbourg, a comovente homenagem da filha Charlotte ao pai e mito Serge
“É a casa de um solitário que não gostava da sociedade”, diz Charlotte Gainsbourg do projeto que construiu em redor da casa do seu pai, em Paris, que esta quarta-feira abre as portas ao público
Abre esta quarta-feira ao público a Maison Gainsbourg, projeto que Charlotte Gainsbourg, filha de Serge Gainsbourg e Jane Birkin, empreendeu ao longo dos últimos 30 anos, e com o qual pretende homenagear o seu pai.
Segundo a reportagem da edição espanhola da revista “Vanity Fair”, as paredes da casa na Rua de Vermeuil, no centro de Paris, continuam cobertas de grafitis de homenagem ao artista que ali viveu entre 1969 e 1991. No interior, o cenário é bem diferente e mais cuidado. A partir de 20 de setembro, o público poderá abrir a porta do número 5 e visitar a casa de Serge Gainsbourg, que chegou a ter de hospedar-se num hotel, para evitar os fãs.
Frente à antiga morada de Serge Gainsbourg, no número 16 da Rua de Verneuil, encontra-se a galeria-museu dedicada ao músico, e ao lado, no número 14, um piano-bar chamado Gainsbarre. No espaço comercial, será possível adquirir algumas peças de roupa usadas pelo homem de 'Je t'aime Moi Non Plus'.
Serge Gainsbourg em 1985 Getty Images A casa de Serge Gainsbourg em Paris vai ser aberta ao públicoNaquela reportagem, diz-se que, quando em abril foram postas à venda as primeiras entradas para a Maison Gainsbourg, os 15 mil bilhetes esgotaram num só dia.
“Quando o meu pai morreu, rejeitei a ideia de luto”, contou Charlotte Gainsbourg à “Vanity Fair”. “Parecia que o meu pai era de toda a gente. Aqui, tinha uma porta que podia fechar, onde podia prestar a minha homenagem. Depois, pensei transformar a casa num museu.”
Devido a várias contrariedades, só agora o projeto ficou concluído. Os visitantes poderão ouvir a voz de Charlotte Gainsbourg, em francês e inglês, a servir de guia, naquilo que o repórter descreve como “uma experiência comovente e envolvente”. Porém, é proibido tirar fotos e filmar vídeos da casa onde repousam os objetos de Serge Gainsbourg, de discos e livros a cigarros ou caramelos. “É a casa de um solitário que não gostava da sociedade”, resume a atriz e cantora.