rtp.pt - 26 mai. 21:04
"A Flor do Buriti". João Salaviza vence prémio em Cannes
"A Flor do Buriti". João Salaviza vence prémio em Cannes
O documentário de João Salaviza sobre povos indígenas do Brasil venceu esta sexta-feira um prémio em Cannes. "A Flor do Buriti", do cineasta português e da realizadora brasileira Renée Nader Messora, foi filmado com o povo indígena Krahô. Esta é a segunda longa-metragem dos dois.
(em atualização)
O filme atravessa os últimos 80 anos deste povo e, segundo a sinopse, dá a conhecer "um massacre ocorrido em 1940, no qual morreram dezenas indígenas".
“Mais do que a sensação de ganhar o prémio, o que é importante é o facto de o nosso filme – feito num processo muito colaborativo, muito coletivo com os Krahô – dar visibilidade à questão indígena neste momento”, disse João Salaviza em entrevista à RTP. Para o cineasta, “este prémio transcende a questão dos festivais de cinema, da importância simbólica que traz ao filme, por dar visibilidade e por se juntar à luta dos povos indígenas”. Salaviza relembrou o peso das medidas do Governo de Jair Bolsonaro para estes povos e frisou que “o bolsonarismo não acabou”.
“Bolsonaro saiu, mas o bolsonarismo continua e, de alguma forma, é apenas uma nova face deste genocídio que continua desde o ano 1500, quando os portugueses começaram a invasão do Brasil”, afirmou.
pub
O filme atravessa os últimos 80 anos deste povo e, segundo a sinopse, dá a conhecer "um massacre ocorrido em 1940, no qual morreram dezenas indígenas".
“Mais do que a sensação de ganhar o prémio, o que é importante é o facto de o nosso filme – feito num processo muito colaborativo, muito coletivo com os Krahô – dar visibilidade à questão indígena neste momento”, disse João Salaviza em entrevista à RTP. Para o cineasta, “este prémio transcende a questão dos festivais de cinema, da importância simbólica que traz ao filme, por dar visibilidade e por se juntar à luta dos povos indígenas”. Salaviza relembrou o peso das medidas do Governo de Jair Bolsonaro para estes povos e frisou que “o bolsonarismo não acabou”.
“Bolsonaro saiu, mas o bolsonarismo continua e, de alguma forma, é apenas uma nova face deste genocídio que continua desde o ano 1500, quando os portugueses começaram a invasão do Brasil”, afirmou.
pub