jn.pt - 19 mar. 22:05
″Terror de Pedrógão″ vai ser julgado por uma dúzia de furtos
″Terror de Pedrógão″ vai ser julgado por uma dúzia de furtos
António Martins, conhecido como o "Terror de Pedrógão", terra do concelho de Vidigueira onde residia, começa a ser julgado, esta segunda-feira, no Tribunal de Beja, por uma dúzia de furtos em residências e automóveis, naquela aldeia alentejana.
O arguido, de 38 anos, já foi condenado num total de 19 anos de prisão em diferentes processos. Esteve preso entre junho de 2012 e outubro de 2020, mas, mal saiu da cadeia, voltou à criminalidade.
Na nova acusação do Ministério Público (MP) de Cuba, o "Terror de Pedrógão" está acusado de 12 crimes, uns consumados e outros tentados, mas todos agravados, por reincidência.
O suspeito atacava casas cujos donos estavam ausentes e, nos furtos consumados, levou dinheiro, alimentos, bebidas e outros bens. Foi detido em 20 de outubro de 2022, no centro de Pedrógão, depois de partir um vidro do automóvel de Noémia Ramos, ex-comandante dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira, para tentar furtar o autorrádio e um casaco, avaliados em mil euros. Um popular que já tinha sido vítima do suspeito impediu-o de sair do carro, chamando a GNR, que o deteve.
Presente a tribunal, o arguido foi sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação, com vigilância eletrónica, mas violou-a, um mês depois, e ficou em prisão preventiva.
No despacho de acusação, o MP sustenta que "o arguido demonstra com o seu percurso de vida e sucessivas condenações penais em penas que o privaram da liberdade por vários anos que não adequou o seu comportamento às regras sociais". Acrescentou que o mesmo viveu sempre "sem deter morada ou emprego estável e não diligenciou por adquirir hábitos de trabalho que o permitissem deter uma fonte de rendimento lícito", justifica.