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Lutar e correr até à última gota de suor por fraca recompensa

Lutar e correr até à última gota de suor por fraca recompensa

Sp. Braga e FC Porto não saíram do nulo num jogo intenso até ao derradeiro segundo. Luta pelo título deve ter acabado este domingo, num resultado que só serviu os grandes de Lisboa.

Dez pontos. Com o empate (0-0) deste domingo na Pedreira entre Sp. Braga e FC Porto, a luta pelo título 2022/23 deve ter chegado ao fim, dada a vantagem que o Benfica já tem sobre o segundo classificado, que continua a ser a equipa de Sérgio Conceição. Os dragões mantiveram a distância para os minhotos, mas ambos podem ver o Sporting aproximar-se na luta pelos lugares que dão acesso à Liga dos Campeões, isto depois de um jogo em que a equipa de Artur Jorge começou por ser melhor mas onde a igualdade foi justa.

Entrando no relvado da Pedreira numa tarde de sol separados por dois pontos, arsenalistas e dragões não mudaram muito em relação ao último jogo. Nos minhotos, Artur Jorge promoveu apenas o regresso de Tormena para o eixo da sua defesa; nos portistas, ainda a lamberem as feridas da eliminatória europeia frente ao Inter, Sérgio Conceição subiu Pepê para o lugar habitualmente ocupado por Galeno e mudou os dois laterais, com Rodrigo Conceição na direita e Wendell a substituir Zaidu na esquerda. Pepe continuou de fora, enquanto Otávio ocupou o seu lugar no onze titular.

Com as bancadas muito bem compostas, o apito inicial de João Pinheiro lançou as duas equipas para um início nervoso, intenso e dividido, mas só aos 12 minutos surgiu a primeira hipótese de golo: depois de um livre, na segunda bola, Otávio deixou Taremi isolado na cara de Matheus, com o iraniano a picar a bola sobre o guarda-redes embora falhando o alvo.

Sob a batuta de Al Musrati no meio-campo, o Sp. Braga respondeu aos 16", num belo trabalho individual de Bruma. O extremo conseguiu ludibriar dois defesas e ganhar espaço para um remate que saiu forte e obrigou Diogo Costa a mostrar atenção. Motivados pelo sinal, os bracarenses voltaram a testar o guarda-redes azul e branco, depois de Sequeira ganhar uma bola dividida a Pepê. Na sequência, a bola chegou a Abel Ruiz que, descaído pela direita, rematou fortíssimo para uma defesa apertada para canto.

Parecendo mais tranquila, a equipa da casa foi ganhando o domínio da partida aproximando-se da área adversária, perante um FC Porto pouco agressivo, que perdia quase todos os duelos. Descontente no banco, Conceição tentou recuperar algum equilíbrio alterando as suas peças na frente, aproveitando a capacidade de Pepê, Otávio e Taremi ocuparem outros espaços. Sem grande sucesso. Aos 35', um mau atraso de Rodrigo Conceição voltou a assustar o banco do FC Porto e o técnico não esteve com meias medidas e mandou Eustáquio e Galeno para jogo ainda antes do intervalo: em pleno Dia do Pai, sacrificou o filho Rodrigo, além de Grujic, decorria o minuto 39". A verdade é que a equipa pareceu estabilizar e até ganhou o seu primeiro canto (aos 43", contra os cinco obtidos pelos minhotos no primeiro tempo) mas o Sp. Braga foi sempre um pouco melhor até ao descanso, pecando apenas na definição quando chegava ao último terço.

Bola cá bola lá

O intervalo foi mais demorado do lado dos dragões: imagina-se a insatisfação do seu técnico, que voltou a mexer na equipa. Tirou o amarelado Wendell e fez entrar Zaidu. O certo é que, em apenas cinco minutos, o FC Porto ganhou o dobro dos cantos do primeiro tempo. E, na sequência do segundo, esteve perto de marcar, num belo remate de primeira de Galeno, que bateu no relvado antes de Matheus afastar a bola do golo com um belo voo.

Acusando o toque, a equipa da casa respondeu antes que o FC Porto ficasse demasiado à vontade no jogo. Uma fuga de Iuri Medeiros pela direita permitiu que Ricardo Horta surgisse em posição frontal para rematar uma bomba que saiu rente ao poste de Diogo Costa (55').

À entrada dos 20 minutos finais, a partida entrou num ritmo louco. Bola cá bola lá, tudo feito a 100 à hora mas nem sempre com boas opções - o que se refletiu na falta de ocasiões claras de golo -, talvez porque ambas as equipas sabiam bem que o o empate não servia a nenhuma. Aos 76" foi a vez de Artur Jorge refrescar a sua equipa, lançando Castro e Banza nos lugares de André Horta e Iuri Medeiros. Conceição, por seu turno arriscou tudo com Namaso e Veron. Muitos nervos, intensidade máxima - mas faltava, claramente, cabeça fria a ambos os lados. Ainda assim, o FC Porto podia ter marcado, quando Evanilson tirou Niakaté da frente e falhou frente a Matheus, rematando ao lado (86'). Nos descontos, o Sp. Braga esteve duas vezes perto do golo, mas Pizzi optou mal em ambas as situações e o 0-0 ficou como resultado final.

dnot@dn.pt

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