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Não há impactos diretos em Portugal da crise do Credit Suisse e das falências nos EUA, mas é preciso manter a vigilância

Não há impactos diretos em Portugal da crise do Credit Suisse e das falências nos EUA, mas é preciso manter a vigilância

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, o Presidente da CMVM, Luis Laginha de Sousa, considera que não há motivo para preocupação com os impactos diretos da falência dos bancos americanos e da crise no Credit Suisse, mas alerta para a necessidade de manter a vigilância, porque a confiança tem de ser preservada.
Não há impactos diretos em Portugal da crise do Credit Suisse e das falências nos EUA, mas é preciso manter a vigilância A CMVM está a monitorizar a situação e na 2ªfeira, na reunião regular do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, é expectável que o assunto venha a ser abordado.
Sobre a decisão do BCE de ainda assim subir as taxas de juro, Laginha de Sousa acredita que terá sido tomada a melhor decisão e espera que o resultado líquido seja positivo. Lembra que a política do BCE, para tornar mais caro o acesso ao financiamento, obriga a um ajustamento e que todos os "ajustamentos são dolorosos", por isso, considera que é importante ajudar quem não consegue lidar com as consequências. Contudo, adianta que se revê num modelo em que o acesso aos recursos financeiros tem um custo e é um disciplinador da atividade.
Neste contexto, lembra que as empresas e o investimento são o motor de crescimento do país e, por isso, considera que se essa for também a opção política, então é preciso criar incentivos ou eliminar desincentivos, nomeadamente ao nível fiscal, que tornem o investimento em capital mais atrativo.
Laginha de Sousa não quis adiantar em que fase está a ação de supervisão lançada em relação à saída de Alexandra Reis da TAP e como esta situação foi comunicada ao mercado. Limitou-se a lembrar que a atuação da CMVM neste processo não é para dizer se foi tomada uma boa ou má decisão pela empresa, mas sim de que forma essa informação condicionou as opções dos investidores.
Refere que a mediatização do caso não condiciona a atuação da CMVM, mas reconhece que a instituição está atenta a tudo o que é publicado e que possa constituir uma mais-valia para o processo. Já em relação à atuação da CMVM limita-se a adiantar que o regulador do mercado tem tudo muito bem documentado e que as decisões são tomadas à luz da melhor interpretação no momento.
Entrevista conduzida por Rosário Lira (Antena1) e Leonor Mateus Ferreira (Jornal de Negócios). pub
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