www.dinheirovivo.ptdinheirovivo.pt - 28 jan. 07:01

Coldwell Banker ganhou o maior negócio do ano

Coldwell Banker ganhou o maior negócio do ano

Rede de origem norte-americana vendeu no ano passado três casas por dia. A estrela foi uma penthouse no Chiado.

A Coldwell Banker, rede imobiliária norte-americana que se estreou em 2018 no mercado nacional, protagonizou a maior transação residencial do ano passado. A marca vendeu uma penthouse no Chiado por 7,5 milhões de euros, tendo o preço por metro quadrado ultrapassado a fasquia dos 24 mil euros. Segundo Frederico Abecassis, CEO da Coldwell Banker Portugal, o apartamento T4, de arquitetura clássica e com vistas sobre o rio Tejo e a cidade de Lisboa, foi adquirido por um investidor europeu. O objetivo do comprador é reabilitar a residência, que dispõe de piscina privativa e terraço de 180 metros quadrados, para habitação própria.

Na carteira de negócios fechados em 2022, a rede imobiliária destacou-se ainda pela venda de um hotel em Loures, junto ao concelho de Lisboa, a operação de maior valor realizada pela Coldwell Banker no ano. O edifício, que tem um projeto de reabilitação para uma unidade hoteleira de 180 quartos e mais de 300 camas, valeu 10 milhões de euros. O comprador foi "uma empresa de investimento e desenvolvimento de projetos imobiliários na área do turismo", adiantou Frederico Abecassis.

Foi um exercício de crescimento. A rede, com 11 agências no país, vendeu três casas por dia, considerando cinco dias úteis de trabalho, que geraram um volume de transações de 143 milhões de euros, um crescimento de 26,5% face ao ano anterior. O valor médio de venda a nível nacional ultrapassou os 511 mil euros, sendo que no segmento luxo atingiu os 1,7 milhões. Estes negócios garantiram um aumento de 50% na faturação da marca, indicou Frederico Abecassis, embora não revele o montante "devido a orientações gerais da empresa". As categorias mais vendidas foram os apartamentos (64,3%), seguindo-se as moradias (15,3%), quintas (7,2%) e os terrenos (5%).

A rede, que se afirma líder mundial no segmento de luxo através da insígnia Coldwell Banker Global Luxury, assistiu no país a uma elevada procura por parte dos norte-americanos, brasileiros e italianos. Segundo Frederico Abecassis, o mercado premium (vendas e compras acima de 850 mil euros) representou 35% da faturação do ano passado, tendo registado um aumento de 7%. E o responsável está otimista quanto à evolução deste segmento, dinamizado especialmente por compradores vindos do outro lado do Atlântico.

Como sublinha, "verificámos que os norte-americanos se destacaram no investimento" e "se se repetir o mesmo que aconteceu com o mercado brasileiro, em que os primeiros investimentos foram realizados de forma tímida, mas depois cresceram de uma forma rápida, o mercado português poderá ter uma surpresa positiva nos próximos anos". Brasileiros, britânicos, franceses e também russos e ucranianos, devido à situação política vivida nestes países, são apontados por Frederico Abecassis como potenciais dinamizadores do setor nestes próximos tempos. Na sua opinião, "Portugal oferece excelentes benefícios para se viver e investir, mas é importante que sejam mantidas políticas atrativas para os manter".

O responsável reconhece que 2023 comporta desafios devido à situação geopolítica atual e aos constrangimentos gerados pela subida da Euribor e do aumento de preços de custo da construção, mas as expectativas de negócio são positivas. A Coldwell Banker vai continuar a expandir a rede e prevê recrutar 150 colaboradores até ao final do ano.

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