Observador - 24 nov. 00:10
Mais vale ficar quieto… do que arrendar
Mais vale ficar quieto… do que arrendar
O Estado tem o desplante de mentir quando promove a prorrogação no período de transição das rendas com o pretexto da protecção ao inquilino. Na realidade está apenas a proteger o Orçamento do Estado.
A habitação está na ordem do dia. É impossível não comentar o preço asfixiante da habitação, quer seja compra, quer seja arrendamento. Desde 2015 que não há um anúncio que almeje trazer mais e melhor investimento para o mercado imobiliário nacional.
O aumento das taxas de juro, os mais rigorosos critérios de financiamento e a inflação tornarão, num futuro próximo, impossível para a larga maioria dos portugueses comprar casa própria permanente.
A asfixiante morosidade do processo de desenvolvimento imobiliário e da aprovação dos projetos, aliada ao aumento dos custos de construção, tornará muito difícil, num curto espaço de tempo, combater a escalada de preços pelo lado da “nova” oferta.
De acordo com a Fundação Francisco Manuel dos Santos, Portugal, após a crise de 2010-2014, viu reduzir o número de segundas propriedades arrendadas. No ano de 2013, apenas 14% das pessoas com mais do que uma habitação teria a segunda arrendada, comparando com os 30.7% na Zona Euro. Em 2017 assistimos a uma subida substancial na ZE para 41.4%, mas a uma descida para os 13.4% em Portugal.
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