jn.pt - 21 mai. 01:01
Sérgio Conceição, o último Samurai
Sérgio Conceição, o último Samurai
Belas são as honras deste guerreiro predestinado, a essência do propósito consiste na dificuldade que o aprimorou, a tristeza e desespero do passado transformaram este homem num general da superação. Perder o pai e a mãe aos 17 anos é o como viver um martírio angustiante no inferno.
Transcendeu e subjugou o infortúnio, controlou a amargura e percebeu que o limite dos homens só perdura com a renúncia do seu desígnio. A disciplina que o moldou, converteu o seu carisma, fez dele um jogador de ânsia e apetite vitorioso, uma reencarnação audaciosa e integral de todos os "samurais".
Enquanto jogador, a sua passagem pelo F. C. Porto prenunciou que este voltaria um dia ao templo do "dragão", a sua postura em campo incorporava na perfeição os sete princípios do código de conduta "Bushido", a sua justiça, coragem, compaixão, respeito, honestidade, honra e lealdade, contagiavam o seu clã.
Em Liège iniciou a sua carreira de treinador, sobrevoou até Olhão, visitou Coimbra onde memórias do passado o fizeram crescer, o seu "sabre" desafiou Braga e Guimarães deixando marcas visíveis do seu carácter, por��m, foi em França que se consolidou a ordem de regresso ao templo.
As agruras do Dragão conjuraram a aparição do discípulo mais fiel, a sua liderança catapultou o F. C. Porto para uma nova era, venceu e convenceu, com apenas espadas derrotou os inimigos armados com canhões, assegurando a soberania do império. Não é Pedroto, é, simplesmente, o último samurai.
*Treinador