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Pediram voto em casa para ″proteger os outros″ mas nem todos conseguiram

Pediram voto em casa para ″proteger os outros″ mas nem todos conseguiram

"Estamos mais protegidos e também protegemos os outros". Joana Ferreira justificou, deste modo, o pedido de voto antecipado por ter covid-19. Com o marido Bruno Oliveira, recebeu esta terça-feira a brigada que foi recolher os votos a casa, em Rio Tinto, Gondomar. Também Rúben Condeço entregou o voto, mas três familiares infetados com quem estava em casa, os pais e a avó, vão ter de ir domingo às urnas, explicou, contando que falhas do sistema impediram que se inscrevessem. Ironia: Rúben foi o único a testar negativo (num teste rápido) e também o único a conseguir inscrição.

Em Gondomar, a equipa municipal composta por Inês Campos e Isabel Bastos começou pelas 14 horas a colocar em prática o guião para Baguim do Monte, Rio Tinto e Jovim, que incluía cinco pessoas confinadas e uma dezena de eleitores internados em lares. Quiseram estrear-se nestas andanças, contribuir para este processo democrático e garantiram sentir-se protegidas pelo equipamento.

A operação de recolha começou esta terça-feira e decorre até quarta, depois de ter terminado no domingo o prazo de inscrições. Os votos são recolhidos à porta de casa, sem entrarem.

No concelho, houve 55 inscrições: 13 em confinamento, num total que se ficou pelos 397 no país; e 42 internados em lares, num universo de 12 721. Perante um número aquém das expectativas, quando o Governo anunciou que os confinados podem ir às urnas dia 30, Joana Ferreira garantiu que, da sua parte, manteve a intenção de votar no domicílio, para a sua proteção e para a dos outros. Isolado por ter testado positivo, o casal estava em casa com a filha.

Morada errada

Antes, a visita à primeira habitação, em Baguim, não se concretizou: pelo intercomunicador alguém informou que o eleitor não vivia ali, estando a morada por atualizar na Câmara. A equipa adiantou que iria tentar contactar o eleitor.

Já Rúben Condeço, de 27 anos, preencheu na parede da entrada o boletim de voto para ser entregue na Câmara, dentro de dois envelopes, um azul e um branco. Este residente em Rio Tinto lamentou que os pais e a avó tenham de ir votar presencialmente, debilitados pela covid-19, explicando que, durante três dias, tentou, sem sucesso, concretizar as inscrições no sistema eletrónico e contactar a linha de apoio. Acabaram por desistir e apenas a sua inscrição ficou válida.

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