observador.ptobservador.pt - 21 abr. 22:31

PS destaca consenso "fundamental" em acordo europeu sobre neutralidade climática

PS destaca consenso "fundamental" em acordo europeu sobre neutralidade climática

O deputado socialista Hugo Pires salienta que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia alcançou "um acordo fundamental para o comba...

O grupo parlamentar do PS considerou esta quarta-feira “fundamental” o consenso alcançado em relação ao acordo europeu sobre a neutralidade climática até 2050, recordando que Portugal foi o primeiro Estado-membro da União Europeia a comprometer-se com este objetivo.

Em declarações à agência Lusa, o deputado socialista Hugo Pires, que integra a Comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território no parlamento, referiu que a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) —  durante o primeiro semestre de 2021 — alcançou “um acordo fundamental para o combate às alterações climáticas“.

O deputado, eleito pelo círculo eleitoral de Braga, acrescentou que “chegar a um consenso entre os 27 países da União Europeia (EU) para as metas que são precisas de alcançar é muito bom” no que diz respeito ao combate “deste flagelo”.

Hugo Pires destacou ainda que Portugal foi “o primeiro país a assumir o compromisso para a neutralidade carbónica até 2050” e que é também um dos Estados-membros da UE “que está em melhores condições para cumprir as metas intercalares da redução da emissão de gases com efeito de estufa”.

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A presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (EU) e o Parlamento Europeu chegaram esta quarta-feira a um acordo político provisório que legisla o objetivo da neutralidade climática da União Europeia (UE) em 2050.

Os negociadores do Conselho Europeu [ao qual Portugal preside] e do Parlamento Europeu chegaram a um acordo político provisório que legisla o objetivo da neutralidade climática da União Europeia em 2050 e a meta de redução coletiva líquida das emissões de gases com efeito de estufa (emissões após a dedução de remoções) em pelo menos 55% no ano de 2030, por comparação com 1990″, pode ler-se no comunicado.

No que diz respeito ao objetivo para 2030, a presidência portuguesa indicou que “os negociadores concordaram quanto à necessidade de priorizar a redução das emissões sobre as remoções“, introduzindo-se “um limite de 225 megatoneladas de CO2 equivalente à contribuição de remoções para a meta líquida”. Por outro lado, “também concordaram que a União Europeia deve ter como objetivo atingir um volume maior de sumidouros de carbono até 2030“.

Na mesma nota salienta-se que o acordo provisório “inclui outros componentes, tais como a formação de um Conselho Científico Consultivo Europeu para as Alterações Climáticas, composto por 15 especialistas científicos seniores de diferentes nacionalidades, com no máximo dois membros nacionais do mesmo Estado-Membro por mandato de quatro anos”.

O conselho independente ficará responsável por “fornecer aconselhamento científico e reportar as medidas da UE, as metas climáticas e os valores indicativos para os gases com efeito de estufa, bem como a sua consonância com a Lei Europeia do Clima e os compromissos internacionais da UE à luz do Acordo de Paris”.

Por outro lado, os negociadores “concordaram que a Comissão irá propor um objetivo climático intermédio para 2040, caso seja pertinente, o mais tardar seis meses depois da primeira avaliação global levada a cabo sob o Acordo de Paris”. Este acordo provisório “também estabelece a ambiciosa meta de que a UE se esforce por alcançar o patamar das emissões negativas após 2050“, pode ler-se no comunicado. Tanto o Conselho como o Parlamento têm ainda de validar o acordo.

Esta lei está no cerne do Pacto Ecológico Europeu, de maneira a permitir que a UE se apresente como um dos líderes no combate às alterações climáticas durante a Cimeira sobre o Clima, que está a ser organizada pelos Estados Unidos e que terá lugar a 22 de abril.

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