jn.pt - 14 abr. 01:00
#hoje, bê-á-bá para a integração de cuidados
#hoje, bê-á-bá para a integração de cuidados
Imagine que pretende remodelar a sua cozinha. Contrata um canalizador e um eletricista, um pedreiro para colocar o chão e os azulejos, uma empresa para colocar os novos móveis, etc. Seria um absurdo pensar que todas estas pessoas aparecem em sua casa de forma desordenada.
Que a pessoa que ladrilha o chão e as paredes chegue antes da pessoa que coloca canos. Que os vários intervenientes não saibam o que lhes é pedido, que não tenham competências para as suas tarefas, ou confundam os limites das suas funções. Que os eletrodomésticos não se adequem aos espaços dos armários. Que o esquentador ou o fogão fiquem mal instalados.
Nas nossas vidas diárias, pode ser incrivelmente frustrante quando as coisas dão errado. Ao ponto de atrasos, custos extra, ou interrupções das rotinas, banhos de água gelada, poderem ter um impacto na nossa qualidade de vida. A principal diferença entre estes exemplos e os cuidados saúde/social são os efeitos sobre a natureza individual e, potencialmente, irrecuperável do estado de saúde.
A falta de cooperação, colaboração e coordenação entre serviços de saúde e sociais podem ser fatais, particularmente em pessoas mais vulneráveis como crianças e idosos.
Ao longo do último ano, a pandemia destapou a inaceitável qualidade de cuidados prestados aos mais velhos entre nós. Outros países reconheceram o problema e tomaram medidas.
Estamos à espera de quê?
Presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares
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