expresso.pt - 29 set. 08:00
Dois milhões de mortes em abril do próximo ano: o coronavírus cá e no mundo (em gráficos)
Dois milhões de mortes em abril do próximo ano: o coronavírus cá e no mundo (em gráficos)
Se o ritmo de óbitos atual se mantiver constante, o mundo chegará aos dois milhões de mortes por covid-19 no início de abril de 2021. No balanço do 1.º milhão de mortes desta pandemia, mais de metade estão concentradas em apenas 4 países. Veja o mapa e os gráficos interativos para perceber como nos comparamos com outros países do mundo.
No dia 11 de janeiro de 2020 a China reporta a primeira morte pelo novo coranavírus. Hoje o mundo soma mais de 1 milhão de mortes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, mesmo com vacina, é quase certo que o número de mortes por covid-19 passe os 2 milhões. E, se o ritmo atual se mantiver constante, esse marco será atingido no início de abril do próximo ano.
Passaram 262 dias entre a primeira morte e o número redondo de 1 milhão mas para atingir 2 milhões serão necessários aproximadamente 190 dias. Mais de metade destas mortes foram reportadas em apenas quatro países: Estados Unidos, Brasil, Índia e México.
Nos 10 países mais afetados, 4 são europeus: Reino Unido, Itália, França e Espanha. Portugal aparece na 41.ª posição, com 1957 mortes associadas à doença.
A maioria das mortes, em Portugal, ocorreu em abril, na primeira fase europeia da pandemia. O dia com mais registos foi a 3 de abril, com 37 óbitos, e o único em que o país não registou mortes foi 4 meses mais tarde, a 3 de agosto. Na Europa há um contraste claro entre a evolução do número de novos casos de covid-19 e as mortes associadas à doença. Atualmente só a Rússia está no topo da lista dos países com mais óbitos em 24 horas.
Desde o início de maio que a taxa de letalidade mundial está em tendência decrescente. A nível global por cada 100 casos confirmados há 3 mortes associadas à doença. Na fase primeira fase europeia do surto, a taxa de letalidade subiu para o seu nível mais alto – esteve 28 dias acima de 7%. Nessa fase, França registou o valor mundial mais alto, perto de 20%.
Em Portugal a taxa de letalidade também está a baixar de forma consistente desde junho. Atualmente, por cada 100 casos positivos, morrem menos de 3 pessoas.
A nível europeu, e tendo em conta a população, Espanha é o estado-membro que se destaca mais pela negativa. Os Países Baixos e França estão com valores altos de novas contaminações mas sem correspondência no número de mortes por habitante.
Portugal teve mais casos, por habitante, do que a média da União Europeia até ao início de agosto. Em setembro tem mantido o número de novos casos a par com a média dos 27 estados-membros.
Em Portugal, o número de novos casos tem subido de forma consistente desde a última semana de agosto. Embora os números estejam elevados, a média de novos casos está ainda abaixo do pico da primeira fase da pandemia.
A nível global, os países africanos são os que menos reportam, ainda assim, os indicadores do Egito e da África do Sul mostram que o surto está presente de norte a sul do continente. A Índia afirma-se como um o principais foco atual da pandemia, tanto pela incidência de casos atuais como pelos valores diários de mortes reportadas.
A epidemia do novo coronavírus já infetou mais de 33 milhões de pessoas no mundo, números confirmados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças. Só os casos nos três países mais afetados, Índia, Brasil e Estados Unidos são superiores à população portuguesa.
Os valores de novos casos mostram que a propagação do surto, a nível global, não mostra sinais de abrandamento. Desde meados de julho que o número de novos casos é persistentemente superior a 200 mil por dia. O valor mais alto foi uma vez mais superado, há poucos dias, com mais de 320 mil casos num só dia.