expresso.ptexpresso.pt - 11 ago. 13:33

McDonald’s processa antigo presidente executivo por conduta sexual imprópria e exige devolução de €35,7 milhões

McDonald’s processa antigo presidente executivo por conduta sexual imprópria e exige devolução de €35,7 milhões

Cadeia de restauração de comida rápida avançou com um processo judicial contra Steve Easterbrook, o antigo presidente executivo da empresa, demitido em novembro por ter mantido uma relação amorosa com uma funcionária da empresa

O polémico despedimento de Steve Easterbrook, antigo presidente executivo (CEO) do gigante mundial McDonald's, está novamente na ordem do dia. O gestor foi despedido em novembro do ano passado depois de se saber que mantinha uma relação amorosa consensual com uma das funcionárias da empresa. A prática é proibida pelo código de conduta interno da organização e a McDonald's não perdoou. Easterbrook foi afastado do cargo e da empresa recebendo uma indemnização de 42 milhões de dólares (cerca de 37,5 milhões de euros).

O caso estaria encerrado se a McDonald's não tivesse agora descoberto que o gestor manteve, alegadamente, um relacionamento amoroso com outras três funcionárias da companhia. A empresa alega que jamais teria chegado a acordo com o Easterbrook e teria avançado para despedimento por justa causa se soubesse que a prática era reiterada e quer agora reaver o valor pago ao ex-presidente a título de indemnização. O processo judicial que volta a opor a multinacional a Steve Easterbrook deu entrada esta segunda-feira num tribunal do estado americano de Delaware, avança o jornal Financial Times.

A limitação por parte das empresas de relacionamentos amorosos entre funcionários não é um tema consensual e em grande parte dos países, como Portugal, é legalmente proibido impor limites aos profissionais que conflituem com a sua vida pessoal. Nos Estados Unidos a lei laboral é menos restritiva e as empresas têm margem para impor nos seus códigos de conduta internos normas como esta. Será exactamente nisso que a McDonald's se vai sustentar para recuperar os 37,5 milhões de euros que pagou a Steve Easterbrook para este sair da empresa.

A McDonalds teve acesso a um conjunto de novos documentos - vídeos e fotografias de funcionárias da empresa sem roupa - que comprovam que o ex-presidente terá mantido pelo menos mais três relacionamentos amorosos dentro da empresa, ao longo do ano de 2019, e que terá destruído provas dessas relações durante o inquérito interno que foi anteriormente conduzido pela empresa e que culminou no seu afastamento do cargo. Além destes envolvimentos, Easterbrook terá também beneficiado uma das funcionárias com quem se envolveu e autorizado a concessão de um pacote de ações no valor de várias centenas de milhar de dólares.

A McDonald's exige a devolução da indemnização paga ao gestor e quer também impedir que o ex-presidente venda quaisquer ações da empresa que tenha em seu poder. Steve Easterbrook liderou os destinos do gigante de comida rápida entre 2015 e 2019. Após sua demissão, a empresa nomeou Chris Kempczinski, como novo presidente.

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