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Pedidos de patente em Portugal crescem em 18 anos. Farmacêutica lidera

Pedidos de patente em Portugal crescem em 18 anos. Farmacêutica lidera

Dados do Barómetro Patentes Made in Portugal mostram que pedidos submetidos no INPI passaram dos 100 em 200 para mais de 850 em 2018.

Desde o ano 2000 que os pedidos de patentes em Portugal têm vindo a crescer, revela o Barómetro Patentes Made in Portugal, revelado pela Inventa International. Se em 2000 o total de pedidos de patente submetidos no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) rondavam os 100, dezoito anos depois esse número eleva-se para um valor próximo dos 890 pedidos.

O aumento destes pedidos tem sido gradual ao longo destes anos, embora tenham sido registadas algumas quebras nos pedidos apresentados ao INPI, nomeadamente em 2010 ou 2015.

Do número total de pedidos com origem em Portugal apresentados ao longo de 18 anos, 29,5% foi concedido.

Baseando-se em dados do WIPO, o estudo nota um facto sobre em Portugal: os pedidos de patentes feitos por cidadãos nacionais lideram o número de pedidos apresentados por empresas estrangeiras. ” Não é incomum encontrar pedidos nacionais superiores a pedidos estrangeiros noutros países contudo, tendo Portugal uma população menor em relação a outros países contemplados e o forte abalo sofrido durante a crise económica de 2008, é surpreendente constatar que os números de pedidos de patente por parte dos cidadãos têm vindo a aumentar.”

Analisando por setores, a indústria farmacêutica lidera o número de pedidos apresentados entre 2008 e 2018, com 1039. Segue-se a engenharia civil (704), química fina e orgânica (591), tecnologias médicas (565) ou mobiliários e jogos (496). Destacam-se também os setores da Biotecnologia (493) ou os transportes (392).

A nível geográfico, a região Norte do país domina os pedidos de patente, com 46% (dados de 2019), seguido pela região de Lisboa (21,7%) e Centro (16,5%).

Analisando por requerentes, o top 20 regista uma forte presença do mundo académico, com a Universidade do Minho como a principal requerente de patentes aos principais cinco institutos de registos de patentes, com um total de 46 pedidos. Segue-se a Universidade do Porto (47) e a Novadelta – Comércio e Indústria de Cafés (46).

Portugal ocupa o 32.º lugar nos pedidos de patente Europeia

Mesmo com a subida dos pedidos de patente ao longo dos últimos anos, Portugal continua a ficar aquém nas estatísticas do EPO, nota este barómetro. Em 2019, ficou no 32.º lugar em pedidos na União Europeia.

Já analisando os pedidos de patente por milhão de habitantes, Portugal fica na 28.ª posição, com 26,3 pedidos por milhão de habitantes. Nesta comparação é a Alemanha quem lidera, com mais de 333 pedidos de patente por milhão de habitantes.

Em relação aos pedidos de internacionalização, este barómetro nota que os requerentes portugueses têm procurado cada vez mais a proteção de patentes para as suas invenções em determinados mercados, com destaque para os Estados Unidos (1950 patentes entre 2000 e 2018). Seguem-se os registos no Instituto Europeu de Patentes (EPO), com 1668 patentes.

Mais recentemente, têm conquistado força os pedidos para proteção de patentes em mercados como a China, Brasil ou Japão.

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