expresso.ptexpresso.pt - 5 jul. 10:51

Direção do PSD desvaloriza desconforto na bancada

Direção do PSD desvaloriza desconforto na bancada

Rui Rio deve acumular o cargo de presidente do partido com o de líder do grupo parlamentar até completar a reestruturação do partido. Focos de tensão surgem no interior da bancada

Rui Rio deverá ser líder parlamentar até setembro. As eleições já estiveram marcadas, Adão Silva é candidato único, mas a pandemia adiou tudo. Agora, o presidente do PSD, que prometera deixar o cargo depois das diretas, pretende continuar a acumular funções até setembro ou até que o processo de reestruturação do partido — com a revisão das carreiras dos funcionários e ajustamentos salariais — esteja concluído. O objetivo é, entre outros aspetos, resolver alguma discricionariedade entre funcionários do grupo parlamentar e do partido (há motoristas, por exemplo, que recebem o dobro dos colegas para as mesmas funções). As negociações deverão prolongar-se por duas semanas e olhando para o calendário (os trabalhos terminam a 31 de julho) não há grande margem para eleições.

A continuidade de Rio como líder parlamentar tem motivado algum desconforto, apesar de ser visto como um total não-assunto para a direção. As demissões de dois coordenadores fizeram mossa. As mudanças de humor sobre a lei que podia travar Mário Centeno no Banco de Portugal também. Antes dela, a decisão de fazer passar toda a comunicação com a imprensa pela assessoria do partido, interpretada como uma espécie de “lei da rolha”, já tinha deixado deputados irritados. Mais recentemente, as negociações orçamentais estiverem longe de ser pacíficas. Rio é um líder que se rodeia de um núcleo duro muito restrito: ouve muito, intervém pouco e quando decide está decidido. Os que não são fãs do estilo sentem-se relegados para segundo plano, desvalorizados. E mesmo os que trabalham diretamente com ele em processos delicados — no caso do Orçamento, Afonso Oliveira e Duarte Pacheco, os homens para as finanças — acabam publicamente embaraçados e a dar o dito pelo não dito.

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