expresso.pt - 7 dez. 23:09
Pressão cresce, com Orçamento decidido à última hora
Pressão cresce, com Orçamento decidido à última hora
Nem dentro do Governo há acordo e indefinição sobre OE faz crescer tensão à esquerda. PCP avisa que nunca se absteve
O Governo está pronto para uma maratona. Com um Orçamento do Estado (OE) a ser feito em tempo recorde — “pouco mais de um mês, quando normalmente temos três meses para negociar”, queixa-se um ministro —, sobram poucos dias para fechar um acordo. Os antigos parceiros da esquerda registam a mudança de atitude negocial e aumentam a pressão. “Estamos à espera de respostas”, diz João Oliveira, líder parlamentar comunista, que fez questão de lembrar que nunca o PCP se absteve num Orçamento. O aviso fica dado. No Bloco de Esquerda, a conclusão é clara: a proposta do Governo não dá até agora sinais de querer prosseguir o caminho da ‘geringonça’, e, com os mínimos que os bloquistas exigem, a bola está do lado de António Costa.
Do lado do PCP, as reuniões com o Governo têm escasseado e as respostas à lista de 70 propostas é nula. Tem havido “alguma troca de informação”, limitou-se a dizer João Oliveira ao “Público”. E, garantiu ao Expresso, não há encontros agendados com o Executivo para falar de propostas como os aumentos dos salários da função pública e das pensões, redução do IVA do gás e da eletricidade, reposição da idade da reforma nos 65 anos ou 25 mil lugares gratuitos nas creches já no próximo ano.
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