expresso.ptexpresso.pt - 19 out. 09:46

Depois de uma noite de caos, Barcelona espera o regresso à normalidade

Depois de uma noite de caos, Barcelona espera o regresso à normalidade

Pelo menos 182 pessoas ficaram feridas e 54 foram detidas na sexta-feira em Barcelona, na sequência dos protestos que culminaram em novos distúrbios. Esta manhã está prevista uma reunião do Gabinete de crise da Generalitat, num fim de semana em que a autarca de Barcelona, Ada Colau, disse esperar que “se assinale o regresso à normalidade”

Nova noite de caos em Barcelona. Pelo menos 182 pessoas ficaram feridas e 54 foram detidas na sexta-feira, em pleno dia de greve geral, na sequência dos protestos que culminaram em novos distúrbios no centro da capital catalã. Mais de 50 pessoas tiveram que ser transportadas para centros de saúde e unidades hospitalares, de acordo com o último balanço.

Na quinta noite consecutiva de violência, aumentaram as fogueiras e as barricadas na praça Urquinaona, no Passeig de Gràcia e na Gran Via depois de uma manifestação pacífica que somou meio milhão de pessoas em protesto contra a sentença do Supremo Tribunal espanhol relativa a nove líderes catalães. Foi junto à sede da Polícia Nacional, na Via Laietana, que começaram durante a tarde os primeiros confrontos que se intensificaram durante a noite.

Os Mossos d'Esquadra (polícia catalã) e a Polícia Nacional recorreram pela primeira vez à utilização de um camião com canhões de água para dispersar os manifestantes, voltando a usar também gás lacrimogéneo e a disparar balas de borracha, refere o jornal “La Vanguardia”.

Mas um cenário bem pior poderá ter sido evitado pelas autoridades. Os serviços de informação espanhóis em coordenação com a Guardia Civil e os Mossos d'Esquadra conseguiram impedir que cerca de três centenas de radicais anarquistas de vários países europeus se juntassem à manifestação em Barcelona, avança o “El Mundo”.

A Amnistia Internacional (AI) condenou, contudo, em comunicado o “uso excessivo de força das autoridades” na Catalunha, apelando ao apoio a protestos pacíficos em nome da liberdade de expressão.

O caos criado com vários destroços e fogueiras nas ruas obrigou mesmo alguns habitantes locais a ajudarem os bombeiros a apagar as chamas. Mais de 150 funcionários da autarquia catalã procedem esta manhã à limpeza das ruas mais afetadas pelos distúrbios, numa altura em que algumas estradas continuam cortadas ao trânsito.

Esta manhã está prevista uma reunião do Gabinete de crise da Generalitat, que será seguida de uma conferência de imprensa. Membros do Governo espanhol também se deverão reunir este sábado para discutir a situação na Catalunha, num fim de semana em que a autarca de Barcelona, Ada Colau, disse esperar que “se assinale o regresso à normalidade”.

A manifestação pacífica das cinco colunas “Marchas pela Liberdade” em Barcelona e terminou esta sexta-feira ao som do hino da Catalunha, num dia de greve geral convocada pela Confederação Sindical Catalã (CSC) e pela Intersindical Alternativa de Catalunha (IAC), depois de se ter sabido durante a manhã que o ex-presidente da Generalitat Carles Puigdemont se entregara às autoridades belgas e saíra em liberdade e sem fiança.

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