www.dinheirovivo.ptdinheirovivo.pt - 15 set. 08:54

Eupago quer ajudar portugueses a gerir as contas bancárias

Eupago quer ajudar portugueses a gerir as contas bancárias

A fintech tem 4200 clientes ativos, que devem gerar neste ano um volume de pagamentos de 400 milhões de euros

A Eupago, instituição de pagamentos supervisionada e registada no Banco de Portugal (BdP), vai entrar nos negócios de gestão de informação de contas bancárias e iniciação de pagamentos, pondo fim ao monopólio da banca. A fintech, com sede no Porto, já garantiu junto do BdP as necessárias licenças e a partir de hoje (14 de setembro), data em que entram em vigor no país as novas regras da diretiva europeia PSD2 (Payment Services Directive), está apta a entrar nestas novas áreas de atividade financeira, adiantou ao Dinheiro Vivo José Leitão, co-CEO da Eupago.
A tecnológica portuguesa poderá agora gerir as contas bancárias dos seus clientes (sejam empresariais ou individuais), desde que devidamente autorizada pelos cientes, e fazer pagamentos. Realce-se que os bancos estão obrigados a partilhar a informação com entidades devidamente licenciadas, como a Eupago. Neste momento, há mais três empresas que solicitaram autorização para atuar nesta área junto do BdP.
Para esta fase de arranque, José Leitão já garantiu os primeiros dez clientes. “São clientes-piloto que vão estar connosco desde o primeiro dia”, num processo que o co-CEO admite “complicado” e em que a banca está “muito atrasada”, mas que oferece vantagens ao consumidor.
Segundo José Veiga, a externalização deste serviço permite às empresas focarem-se no seu negócio e evitar perdas de tempo e recursos em validação de pagamentos, por exemplo. O engenheiro informático, que entrou no mundo dos negócios a vender drones, exemplifica com o caso de uma gestora de condomínios. Como diz, a empresa deixa a cargo de uma terceira entidade o controlo das entradas de pagamentos nas suas contas e ao mesmo tempo todas as liquidações que necessita fazer (limpeza, jardinagem, manutenção). “Há uma poupança administrativa e ganhos ao nível da eficiência e agilidade, que permitem às empresas alocar recursos para o foco da sua atividade”, defende.

O voo do drone
Foi com o comércio eletrónico de drones que José Veiga teve a ideia de constituir a Eupago. A constatação que os clientes preferiam pagar por referência multibanco e dispor desta forma de pagamento alavancava, e muito, o negócio, e conduziu-o à criação de uma empresa especializada em pagamentos eletrónicos.
A Eupago esteve mais de quatro anos para conseguir iniciar atividade como instituição de pagamentos. Como explica José Veiga, o BdP exigia um conjunto de requisitos para atribuir uma licença: idoneidade, capacidade tecnológica, fundos próprios de 90 mil euros, revisor oficial de contas, entre outros. Com o sócio Telmo Santos, no final de 2016, iniciaram atividade.
A Eupago conta atualmente com 4200 clientes ativos, que geraram um volume de pagamentos da ordem dos 220 milhões de euros em 2018. José Veiga perspetiva que neste ano esse volume atinja os 400 milhões, com a referência multibanco a valer 70%. Neste exercício, a faturação da Eupago deverá duplicar para quatro milhões. A fintech tem fundos próprios de 1,5 milhões.

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