blitz.pt - 20 jul. 01:30
Phoenix no Super Bock Super Rock: rock açucarado, crowdsurfing hardcore e uma dedicatória a Philippe Zdar
Phoenix no Super Bock Super Rock: rock açucarado, crowdsurfing hardcore e uma dedicatória a Philippe Zdar
Banda francesa despediu-se da atual digressão no festival do Meco e foi recompensada com uma plateia bem composta e divertida
Presença assídua em festivais portugueses, os Phoenix chegaram ao palco do Super Bock Super Rock com uma digressão inteira aos ombros. Mas nem por isso Thomas Mars e companhia se esmeraram menos para brindar a plateia com uma lição de rock açucarado, pintalgado aqui e ali de sintetizadores, e por vezes demasiado repetitivo - ninguém disse que a originalidade era requisito necessário para bons concertos.
Entre sucessos como 'Lisztomania', apresentado praticamente no início, alvo de coro volumoso, 'Girlfriend' ou um forte '1901', todos retirados de "Wolfgang Amadeus Phoenix", álbum que injetou uma nova vida na carreira discreta da banda de Versalhes, em 2009, o grupo divertiu-se com guitarras a transbordar de sol e canções com marca francesa bem vincada.
Uns velhinhos 'Rally' e 'If I Ever Feel Better' e nova incursão pelo álbum que editaram há 10 anos, 'Rome' (dedicada ao recém-falecido Philippe Zdar, membro dos Cassius e produtor de alguns dos álbuns da banda: "era um génio, tudo o que fazemos é para ele") ajudaram a apagar a falta de 'Everything is Everything' no alinhamento.
No final, Mars desceu ao fosso e decidiu despedir-se da plateia com um longo e intenso crowdsurfing, durante o qual aproveitou para beber dos copos que os fãs lhe foram passando. Os Phoenix não são uns óbvios cabeças-de-cartaz, até porque a fórmula do seu rock nunca é demasiado expansiva, mas não falharam na tarefa que tinham na segunda noite do Super Bock Super Rock: aquecer os ânimos de uma plateia sedenta de dança.