expresso.pt - 21 mai. 15:13
André Ventura: “No ano em que ganha o Benfica, eu também vou ganhar um lugar”
André Ventura: “No ano em que ganha o Benfica, eu também vou ganhar um lugar”
O candidato da Coligação Basta dedica o dia de campanha ao interior para “continuar a desmistificar os rótulos” que, diz, os outros partidos lhe têm imposto. Isso enquanto se 'brinca' com os ciganos
É uma espécie de rodagem a campanha que André Ventura, cabeça de lista da Coligação Basta, faz pelo país. As eleições são para o Parlamento Europeu, mas os olhos estão postos nas legislativas de outubro.
“No ano em que ganha o Benfica, eu também vou ganhar um lugar”, disse o candidato, esta manhã, depois de visitar uma fábrica de ração de animais em Ferreira do Zêzere.
Confrontado pelo Expresso com as previsões das sondagens, que não lhe dão nenhum lugar no Parlamento Europeu, o polémico cronista desportivo e jurídico do Correio da Manhã e CMTV tenta não reagir porque, já se sabe, “dia 26 é que conta”. Mas acaba por usar a saída dos políticos: “O mais importante é a mudança em outubro”. É esse “o ponto fulcral” do objetivo da Coligação que lidera, constituída pelo seu partido, o Chega, o Partido Popular Monárquico, o Partido Cidadania e Democracia Cristã e a Democracia 21.
Para atingir o objetivo de outubro, André Ventura tem andado, todos os dias, de norte a sul do país, a “desmistificar os rótulos de racista e de extrema-direita” que lhe atribuem. “Os outros partidos têm lançado medo, mas tem sido fácil desmistificar.”
Mesmo assim, nas ações de campanha há lugar para piadas sobre ciganos. “Cuidado que vem aí um cigano pedir”, disse, em tom de brincadeira, um apoiante no arranque do dia de campanha, que começou cedo em Samora Correia. “Se for para pedir trabalho pode vir”, respondeu André Ventura.
Os apoiantes mais fiéis - aqueles que o conheceram através da televisão e andaram a recolher assinaturas para formar o partido Chega - seguem-no em ações de campanha. Vêem no cronista um homem que “diz verdades” e a “única esperança para acabar com o sistema”.
E não se deixam assustar pelos alertas de populismo e extrema-direita. “Eu não concordo com tudo o que ele diz, mas os outros são todos iguais. Em outubro será eleito”, afirma Carla Bastos, uma apoiante. “Queremos que as pessoas percebam o que é este projeto. E a força que vemos pelo país é diferente do que dizem as sondagens. Mas o mais importante é a mudança em outubro”, salienta André Ventura.
O candidato do Basta vai dedicar a parte da tarde aos incêndios - tem encontros marcados em Pedrógão Grande com os bombeiros e a Associação de Vítimas - e amanhã ruma até a Madeira.