observador.ptobservador.pt - 24 mar. 12:17

Canis cada vez mais sobrelotados após lei que proíbe abate de animais saudáveis. Bastonário critica pouco combate ao abandono

Canis cada vez mais sobrelotados após lei que proíbe abate de animais saudáveis. Bastonário critica pouco combate ao abandono

Fonte de canil afirmou ao JN que a proibição de abate não é a causa da sobrelotação, mas "agravou o problema". "Antes de proibir abate", deveria ter-se feito mais contra "abandono", diz bastonário.

Os problemas de lotação dos canis municipais são antigos mas a lei que proíbe o abate de animais saudáveis, que entrou em vigor há seis meses, pode ter contribuído para agravar o problema de sobrelotação destes espaços, avança o Jornal de Notícias. O canil de Ponte de Lima, por exemplo, terá atualmente 110 pedidos de recolha em lista de espera. Também segundo o JN, há problemas de sobrelotação pelo menos em canis de Ílhavo, Guimarães, Leiria, Palmela, Coimbra, Setúbal, Matosinhos e Marinha Grande.

Em Guimarães, as queixas são muitas: “Não há onde pôr os cães abandonados retirados da rua e há lista de espera para quem os quer encontrar. A situação está assim há mais de um ano, mesmo antes da lei que proíbe o abate ter entrado em vigor. Contudo, a proibição agravou o problema”, lamenta fonte do canil. Ouvido pelo Jornal de Notícias, o bastonário da Ordem dos Médicos Veterinários, Jorge Cid Gonçalves, também criticou a falta de medidas de prevenção e combate ao abandono de animais saudáveis antes de se decretar a proibição de abate.

Antes de proibir o abate de animais, deviam ter-se tomado medidas de prevenção do abandono de animais. Neste sentido nada se fez”, referiu o bastonário.

Em Vizela já foi iniciada a construção de um canil, devido à sobrelotação do canil de Guimarães, refere o JN. Também a este órgão, fonte do canil vimaranense afirmou que existe “um problema de saúde pública e de segurança dos cidadãos”. O mesmo disse fonte da autarquia de Setúbal: “Existe um aumento do número de animais errantes no município” e isso pode “colocar em causa a saúde pública e/ou a segurança de outras pessoas ou animais”.

Em Trás-os-Montes também há “um aumento do número de animais errantes”, referiu fonte de um canil que serve seis concelhos da região. O presidente da Associação Nacional de Veterinários confirmou, igualmente ao JN, que o problema é nacional: “Há aumento de animais de rua e reclamações por causa de matilhas. Todos os municípios estão com imensas dificuldades em recolher animais”.

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